Texto de Zayin
Quando se fala da preguiça geralmente
vem à mente da maioria das pessoas aquela preguiça física, a preguiça que se
considera “boa” e também a preguiça mental. Mas ela vai além disso e pode-se
desenvolver enormemente atingindo vários aspectos da vida dos quais você nunca
pode ter percebido que ela estava ali envolvida.
Originalmente o defeito capital da
Preguiça era conhecida como Acídia, e hoje as duas têm perspectiva um pouco
diferente. A Acídia seria como uma preguiça ou como uma tristeza que gera um estado
de torpor na pessoa fazendo com que ela tenha a indisposição pela
busca do espiritual. Já o entendimento que geralmente temos da Preguiça
é a vontade de não fazer nada.
Mas ambas podem se manifestar numa
falta de iniciativa, desânimo, estagnação, a falta de motivação, a falta de
vontade, a má vontade, tédio e a enorme dificuldade de começar algo. Podem ser
consideradas como um estado de torpor da mente e ele pode se tornar muito
perigoso, pois é difícil sentir algo que possa nos mobilizar para mudar alguma
situação que seja danosa a nossa vida. E por elas se agregarem a tantos
aspectos dela, se tornam mais perigosas e mais danosas ainda, podendo levar a
destruição de nós mesmos no aspecto espiritual, físico ou moral sem que
percebamos.
Quando nos identificamos com a mente, com os anseios do futuro e as angústias do passado, criamos um ego que se apega tanto a essas ilusões criadas que nos prendemos a essas imagens. E acabamos por achar que ele é o que somos ou o que precisamos ser. O ego tem uma grande necessidade de estar sempre sendo alimentado e de nunca querer morrer, e neste processo de criação de um ego por identificação com a mente que quase sempre fazemos sem notar, ele tentará sobreviver a todas as mudanças que ameacem a “vida” dele, e assim ele se utiliza da Preguiça para conseguir isso.