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O Sabbat de Beltane

 

Update: Revisão e novos itens acrescentados ao texto.

Texto postado em 02/11/2020




  Beltane é o Sabbat realizado no meio da primavera. Aqui estamos no meio do caminho para a chegada do verão e nos preparando para ele. O sol começará a ganhar cada vez mais força para atingir seu ápice no solstício de verão, quando acontece o Sabbat de Litha.

Em Beltane se celebra a fertilidade, a volta da luz, pois a parte de Sombra da Roda do Ano já passou, e também a união da Deusa com o Deus, do princípio feminino com o masculino, e com isso, celebra-se também o amor.


Enquanto que em nullOstara abrimos espaço para o novo e começamos a preparar o terreno para a fertilidade que desejamos atingir, e também plantamos as sementes que nos darão os frutos que esperamos, em Beltane é chegado o momento em que o poder do Sol se une aos campos férteis da mãe natureza, e assim as sementes plantadas começam a ganhar força para nascerem e crescerem.  

 

O festival de Beltane

O Sabbat de Beltane é derivado de uma antiga festividade celta, o festival druida do fogo, e ele era dedicada ao deus Belenus (Bel, Beleno), deus do sol e fogo, cujo nome significa “deus brilhante”. Nesse festival era costume acender as fogueiras de Beltane (o fogo de Bel) para iluminar o caminho para o verão e aumentar a fertilidade nos animais, nas sementes e nas casas [¹]. Acendiam-se duas fogueiras para as pessoas passarem entre elas, assim como gados e outros animais, com o objetivo de serem purificados e limpos de energias negativas.


O Sabbat de Ostara e o Equinócio de Primavera


Update: Revisão e novos itens acrescentados ao texto.

Texto postado em 22/09/2020




Quando pensamos em primavera, nossa imaginação a associa à flores e a uma sensação de o clima estar bonito de se ver e gostoso de se sentir. Mas e se voltarmos no tempo e tentarmos imaginar como era a chegada dessa estação pros povos da antiguidade que viviam em tribos e no campo?

 

Após o fim de rigorosos invernos, a chegada da primavera era o início de um ciclo que trazia esperanças de dias mais quentes e o renascimento da natureza novamente.

 

As árvores com seus galhos secos começam a ganhar novas folhas, a terra e o clima começam a ficar apropriados para plantios, animais que hibernam ou migravam devido ao inverno começam a voltar à natureza local, e esses povos antigos, que ficavam praticamente presos em casa devido ao intenso frio, podiam voltar à normalidade da vida no campo.

 

Essa passagem de estação é celebrada em diversas culturas, embora seja no hemisfério norte que essa celebração esteja mais presente. Nele é possível ver que alguns elementos dessas tradições antigas ainda perduram até os dias de hoje, isso porque o cristianismo da época não conseguiu eliminá-las, pois eram muito presentes e fortes para o povo do campo, então precisou adotar e adaptar alguns desses costumes.

O Sabbat de Ostara é uma dessas celebrações que é realizada na chegada da primavera. Enquanto no hemisfério sul esse sabbat é comemorado em setembro, no hemisfério norte ele é comemorado em março, e nele esse é um mês que marca o início de um novo ano em diversas culturas, inclusive é nesse mês, bem próximo o dia da entrada da primavera, que começa o ano novo astrológico, que é quando o sol entra no signo de Áries. E também é geralmente o mês que se é comemorado a páscoa. E a páscoa está repleta de simbolismos e elementos que vem direto da celebração do equinócio de primavera. Pra quem se pergunta o porquê do coelhinho e dos ovos de páscoa presentes nela, o mito da deusa Ostara ou Eostre explica isso. Então vamos aos poucos destrinchar o que o Sabbat de Ostara nos tem a ensinar e a conhecer sobre ele.


 

O Sabbat de Imbolc

 


Quando o inverno chega em sua metade, é chegado o momento da celebração do Sabbat de Imbolc. Aqui é a época no qual o frio começará a ficar menos intenso, e é também o ápice do inverno. Com isso temos a certeza de uma coisa: de que ele está chegando ao fim e que dias mais quentes estão por vir com a chegada da primavera.

O sol está retornando, ficando aos poucos cada vez mais forte. Em países que no inverno é costume nevar e o gelo tomar conta de tudo, começará o processo de degelo nesse período, e assim a terra dará início ao processo de crescimento do verde na natureza.



Imbolc é uma antiga festividade pagã comemorada pelo povo celta. No hemisfério norte é comemorado entre 1 e 2 de fevereiro, já no hemisfério sul normalmente entre 30 de julho a 2 de agosto. Lembrando que as datas de comemorações dos sabbats não são fixas nos dias tradicionais estipulados, e elas podem ser alteradas para datas próximas a essas para fins de uma maior experiência proposta por diferentes religiões ou caminhos espirituais que as celebram.

 

Um festival sobre fortalecimento e purificação

 

Na época em que ocorre Imbolc é também o período em que os animais começam a produção de leite e as ovelhas amamentam seus cordeiros. Outro nome dado para Imbolc é Oimelc, termo esse classificado por um glossário etimológico irlandês como “leite de ovelha”. Portanto, no conto para narrar o ciclo da Roda do Ano aqui no blog, o deus Sol/a criança da promessa nascida em Yule, está no processo de amamentação em Imbolc, se fortalecendo e crescendo cada vez mais.

O Solstício de Inverno e o Sabbat de Yule

 


No solstício de inverno, que no hemisfério sul acontece por volta de 21 de junho e no hemisfério norte 21 de dezembro, ocorre a festividade de Yule. Ele marca a ocorrência de um evento de extrema importância para muitas culturas, sendo este evento possuidor de uma carga simbólica muito forte. Tão forte a ponto de se refletir até hoje em nossa e diversas outras culturas do mundo moderno. Estou falando sobre o retorno do sol, ou utilizando a mitologia abordada aqui no blog sobre a Roda do Ano, o retorno/renascimento do deus Sol. Primeiramente, para entender o simbolismo do Sabbat de Yule é preciso entender como funciona um solstício.

Os solstícios são os pontos máximos de distância que o sol tem em relação à Terra. Enquanto que no solstício de verão, que se comemora o Sabbat Litha, temos o Sol no seu auge, ou seja, no ponto mais próximo da Terra, no solstício de inverno temos o sol no seu ponto mais distante dela. Nesse dia ocorre a noite mais longa do ano, e logo após ele, o sol retorna aos poucos e vai ganhando forças até atingir novamente seu ápice, dando assim continuidade ao movimento cíclico da Natureza.

Esse retorno do sol é simbolicamente representado em diversas culturas pelo nascimento da criança da promessa ou o nascimento da esperança, e a partir desse simbolismo se é criado mitos, ritos e festividades em torno deste evento de solstício de inverno. E nele, como já dito, celebra-se Yule.

Em tradições wiccas, honra-se o deus chifrudo nessa época, pois ele domina a parte escura da Roda do Ano, da qual Yule faz parte. E em muitas outras culturas era prestado o culto ao sol, pois o solstício de inverno marcava o nascimento dele.

Na atualidade existem diversas maneiras de celebrar o Sabbat de Yule, pois com o decorrer do tempo criou-se um sincretismo de diversas culturas do simbolismo da chegada do inverno, e com isso ele possui muitos elementos de diversos povos, e um exemplo claro disso é o natal, que incorporou muito das festividades de Yule, o que veremos mais à frente. Mas primeiro vamos ver um pouco dos mitos mais famosos no mundo em torno desse evento, que são relevantes para entender mais sobre esse Sabbat.

 

O Sabbat de Samhain

Texto revisado em 14/01/2023


O Sabbat de Samhain (pronuncia-se Sou En), é uma festividade pagã que tem origem com o povo celta e de seu antigo festival dos mortos. Para eles, Samhain marcava o início do ano novo e também o fim do verão, mas para compreender isso é preciso saber que para esse povo a noção de estações do ano como temos hoje não existia, o que eles compreendiam é que na natureza só existia o verão e inverno, portanto era na época desse Sabbat que ficava mais evidente o fim do verão, pois as noites eram mais longas em contraste com o dia, que ficava mais curto, os ventos frios se faziam mais presentes e quase não se via mais os verdes dos campos, mas sim o amarronzado das folhas por cair na terra.  



Samhain é comemorado tradicionalmente no hemisfério sul no dia 1º de maio e no hemisfério norte no dia 31 de outubro, lembrando, é claro, que não é fixo a data de comemoração dos Sabbats, eles podem ocorrer e serem comemorados próximo a essas datas segundo diferentes tradições. A data de 31 de outubro é bem famosa, pois é nesse dia que se comemora o Halloween, que tem origem a partir da festividade de Samhain, mas para chegar nesse ponto ainda há muita história. Continue lendo que chegaremos lá.   

O Sabbat de Mabon e o Equinócio de Outono

 

Chegado no equinócio de outono temos o Sabbat de Mabon, conhecido também como o Sabbat da segunda colheita. Aqui no hemisfério sul ele ocorre entre 20 e 21 de março, enquanto que no hemisfério norte entre 20 e 21 de setembro. E assim como no equinócio de primavera, em que se realiza o Sabbat de Ostara, nesta data ocorre um evento que só acontece duas vezes ao ano no dia dos equinócios: o dia e a noite possuem a mesma duração, ou seja, estão equilibrados, e o equilíbrio é uma das principais características a serem abordadas e trabalhadas em Mabon.



Depois dessa data as noites se tornam mais longas e os dias mais curtos, e a parte escura da Roda do Ano fica mais presente e evidente na natureza. Portanto, em Mabon temos o equilíbrio da Luz e Sombra, que simbolicamente também estão presentes em nosso ser, pois todos temos nosso lado de luz e de sombra. E é neste período em que podemos refletir sobre o equilíbrio desses aspectos duais em nossas vidas.  


Mabon é conhecido tradicionalmente como o festival da segunda colheita. Para os povos antigos isso significava que a fértil terra em breve pararia de dar as suas bênçãos, e a colheita cessaria, pois não haveria mais frutos a serem colhidos.

 

Durante o outono, o verde dos campos vai sumindo aos poucos, as folhas das árvores tomam um tom marrom e caem, o calor do sol já não é mais o mesmo e gradativamente o frio vai aumentando. A terra já não irá dar mais tantos frutos quanto antes durante o período do outono, mas no começo dele a abundância se faz presente, pois tudo o que se plantou está retornando fortemente. Esse era um período de prosperidade, no qual também se era dado graças a tudo o que foi e estava sendo dado pela mãe natureza.

O Sabbat de Lammas

Texto revisado em 11/01/2023

Lammas, também conhecido como Lughnasadh, é o Sabbat comemorado no meio do verão, entre solstício de verão e o equinócio de outono. No hemisfério norte este Sabbat é comemorado no dia 1º agosto, mas aqui no hemisfério sul é comumente comemorado entre 1 e 2 de fevereiro, e dependendo da vertente que segue para honrar a Roda do Ano, até depois. Nesta época o poder do deus sol ainda predomina, embora aos poucos ele vai diminuindo enquanto caminha em direção ao outono, ou simbolicamente, à morte. Aqui, ele está doando toda sua energia aos grãos para que eles se tornem os melhores na hora da colheita.

Lammas é conhecido por ser o Sabbat da primeira colheita. Aqui é hora de começar a colher o que se foi plantado durante os últimos meses da primavera. Ele é uma celebração para se comemorar os frutos do trabalho duro que tivemos de tudo aquilo que plantamos e hoje estamos cultivando. Comemorar a colheita que é resultado da dedicação, do amor, do cuidado e do empenho daquilo que resolvemos ter em nossas vidas. Aqui alcançamos a prosperidade tão esperada.

O Sabbat de Litha e o Solstício de Verão


Por volta de 21 a 23 de dezembro, no hemisfério sul, e 21 a 23 de junho, no hemisfério norte, ocorre o famoso solstício de verão. Esse é o dia em que o sol alcança seu auge, encontra-se em todo seu esplendor e poder, e é também o dia mais longo do ano. E nele se é comemorado o Sabbat de Litha. Para entender um pouquinho desse Sabbat é preciso voltar no tempo e ver como os povos antigos viam a chegada dessa estação, e com isso a mensagem que ele carrega.

 

A chegada do verão



Há muito tempo, no hemisfério norte, após o fim do inverno, que era limitante para a vida no campo, era a chegada da primavera, e com ela a oportunidade de voltar à vida ao ar livre novamente, de fazer viagens, iniciar atividades no comércio, realizar festivais, e o mais importante: preparar a plantação para colheita do próximo ano. Lembrando que os povos antigos eram uma sociedade voltada ao campo e à agricultura, e suas vidas eram voltadas para isso.

 

É na primavera que o solo vai começando a ficar próprio para plantio, e é quando ele começa a ser preparado para receber as sementes e os grãos que darão as futuras colheitas. Toda essa ideia do renascer da vida na natureza, da felicidade de voltar às atividades novamente e da fertilidade da terra é comemorado no Sabbat de Ostara.

 

Entre Ostara e Litha ocorre o Sabbat de Beltane, que é quando o sol começa a ganhar força, e nele as famosas fogueiras de Beltane são acesas para iluminar o caminho para o verão, e aqui o poder do sol se une com o da terra, o deus Sol se une com a deusa, a mãe natureza. E as sementes plantadas começam a ganhar força para crescerem.

 

E chegamos então no verão, quando o poder do sol é mais potente e a terra fértil está crescendo em vida. Os campos se encontram verdes e floridos e o calor do sol torna a vida energizante. Nele a plantação cresce com toda força, e é tratada com todo cuidado e atenção, pois a colheita do que foi plantado se aproxima.


A Roda do Ano e os Sabbats



A vida é feita de ciclos. Com a Terra, Gaia, a Mãe Natureza, também não seria diferente. O semear, nascer, florescer, morrer, renascer, são ciclos inerentes na vida de todos e da Mãe Natureza em que vivemos. A Roda do Ano é a representação desses ciclos na natureza, mas que também conversam com nossas vidas, pois esses ciclos estão ligados ao mundo que nos cerca e ao nosso interior. E eles são divididos na Roda do Ano em 8 e são chamados de Sabbats.  

Os Sabbats são festividades pagãs antiquíssimas que carregam uma enorme energia em si, pois são lembrados e reforçados a cada ano que passa, além de coincidirem com excelentes pontos astrológicos. São comemorados por muitos bruxos e bruxas, mas não é exclusivo da religião Wicca. Desde tempos remotos o povo do campo realizava essas celebrações e cultuavam essas passagens da natureza com festividades, oferendas, cerimônias e muita devoção.

Em diversas culturas os Sabbats são representados por mitos e celebrações. Como exemplos disso temos diversos sincretismos religiosos com as festividades pagãs, que se mesclaram e estão presentes em algumas que temos hoje em dia. O natal, a páscoa, a fogueira de São João e algumas outras festividades presentes em outras culturas são exemplos desse sincretismo.

 

           

                             

Os 8 Sabbats são divididos em dois grupos: 4 Sabbats menores, realizados nos equinócios e solstícios; e 4 Sabbats maiores, realizados no meio de um equinócio/solstício e outro. Como eles seguem os ciclos da natureza, as datas que são comemorados diferem do hemisfério sul para o hemisfério norte. Então aqui no hemisfério sul enquanto temos o solstício de verão, lá no hemisfério norte temos o solstício de inverno.

 

As datas dos Sabbats 

As datas para realizar os Sabbats tecnicamente não são fixas, elas podem sim ser comemoradas na data que é estipulada normalmente, mas também podem ser celebrados alguns dias depois, e até mesmo seguindo o calendário astrológico quando o sol adentrar em um determinado signo.

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Este blog aborda temas sobre diversas áreas do Hermetismo, e mostra como encontramos nele uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal, de reencontro com nosso Eu Interior, com a natureza, e com a espiritualidade. Levando-nos assim rumo à Tiferet.

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