Texto de Zayin
“Na balança da justiça
O coração tem que pesar
Tão leve quanto uma pena
Para o equilíbrio encontrar.
Eu sou a justiça da vida,
A força que não pode ser impedida.
Sou a reação,
Sou os ajustes.
Comigo tudo se pagará,
E assim a minha justiça enfim acontecerá.”
A concepção de justiça para a consciência humana é muito
subjetiva. Decisões podem ser vistas como justas para alguns e para outros não.
Cada pessoa tem sua própria ideia do que seria uma decisão justa, e por isso
nem todos concordam com algumas decisões. Mas enquanto a justiça humana pode
por vezes errar, a divina jamais irá falhar.
O arcano de número XI é A Justiça, figura essa de fácil
compreensão para todos. Ela é a representação de uma força maior que rege a
vida. É a lei da causa e efeito, implacável, imparcial, rigorosa, mas justa.
Ela age para corrigir o que está causando o desequilíbrio na vida, e com sua
espada corta os excessos do que causa isso.
Ela incita a caminharmos num caminho de retidão e justo. Um
chamado para ajustar o que é necessário, pôr ordem onde há caos, e assim
encontrar o justo equilíbrio na vida. Não à toa, Waite enumera este arcano como
número 11, localizado no meio dos 22 Arcanos Maiores.
Com uma balança nas mãos, a figura central está a buscar o
equilíbrio já dito, mas também a pesar nossas ações, e assim tomar uma justa
decisão. Ela é o arcano da ação e reação, de uma justiça não só humana, mas
também divina.
Apesar deste arcano abordar a ideia de justiça divina, numa tiragem ele também pode falar sobre o nosso próprio senso do que é justo, de nosso viés de julgamento, e com isso fazer um chamado para que possamos notar se nossa justiça é de fato justa, ou então se há a falta dela.