A Justiça - Para Toda Ação Há Uma Reação - Tarot


 

Texto de Zayin

 

“Na balança da justiça

O coração tem que pesar

Tão leve quanto uma pena

Para o equilíbrio encontrar.

Eu sou a justiça da vida,

A força que não pode ser impedida.

Sou a reação,

Sou os ajustes.

Comigo tudo se pagará,

E assim a minha justiça enfim acontecerá.”

 

A concepção de justiça para a consciência humana é muito subjetiva. Decisões podem ser vistas como justas para alguns e para outros não. Cada pessoa tem sua própria ideia do que seria uma decisão justa, e por isso nem todos concordam com algumas decisões. Mas enquanto a justiça humana pode por vezes errar, a divina jamais irá falhar.

O arcano de número XI é A Justiça, figura essa de fácil compreensão para todos. Ela é a representação de uma força maior que rege a vida. É a lei da causa e efeito, implacável, imparcial, rigorosa, mas justa. Ela age para corrigir o que está causando o desequilíbrio na vida, e com sua espada corta os excessos do que causa isso.

Ela incita a caminharmos num caminho de retidão e justo. Um chamado para ajustar o que é necessário, pôr ordem onde há caos, e assim encontrar o justo equilíbrio na vida. Não à toa, Waite enumera este arcano como número 11, localizado no meio dos 22 Arcanos Maiores.

Com uma balança nas mãos, a figura central está a buscar o equilíbrio já dito, mas também a pesar nossas ações, e assim tomar uma justa decisão. Ela é o arcano da ação e reação, de uma justiça não só humana, mas também divina.

Apesar deste arcano abordar a ideia de justiça divina, numa tiragem ele também pode falar sobre o nosso próprio senso do que é justo, de nosso viés de julgamento, e com isso fazer um chamado para que possamos notar se nossa justiça é de fato justa, ou então se há a falta dela. 

Anjo Bom / Anjo Mau

 

Texto retirado de http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2018/06/

 

Já viram algum desenho animado onde um anjo e um diabo ficam pousados no ombro (ou cada um de um lado) do personagem e ficam tentando convencê-lo a fazer (ou desistir de) alguma coisa?


O termo técnico pra isso é Psychomachia (Batalha da Alma), e implica justamente um embate das virtudes contra os vícios. Pra usar termos psicológicos, poderíamos dizer que o Anjo é o Superego (Consciência moral), o Demônio é o Id (Instinto) e a pessoa no meio é o Ego (que é meio que o organizador, pegando os prazeres do Id e lidando com eles de acordo com as demandas do Superego e as condições/necessidades reais do mundo).

Esse tipo de organização espacial, de dois anjos (sim, o demônio é um anjo caído, mas um anjo) nos ombros muito provavelmente foi inspirado no Islamismo, onde temos no Corão dois "anjos escribas" (Kiraman Katibin) chamados Raqib e Atid, e eles ficam cada um em cima de um ombro, anotando num livro os pecados e boas ações de cada ser humano. Raqib senta-se no ombro direito e escreve cada pensamento, ação ou sentimento bom que a pessoa tenha durante o dia, e Atid fica no lado esquerdo, fazendo o mesmo, mas do que for ruim.

Após a morte da pessoa é dito que ela passa pelo Dia do Julgamento, onde cada pessoa será confrontada com seus dois livros, e os anjos estarão presentes para dizer a Deus tudo o que a pessoa fez. Maomé diz que o anjo da esquerda levanta sua pena (lápis) por um certo período de tempo antes de escrever cada ato ruim. Se nesse meio-tempo a pessoa se arrepender e pedir o perdão de Deus, o pecado não será escrito. Mas mesmo que seja escrito ainda há tempo de se arrepender e pedir perdão no instante antes da morte. Por isso é dito que Allah é misericordioso...

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Este blog aborda temas sobre diversas áreas do Hermetismo, e mostra como encontramos nele uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal, de reencontro com nosso Eu Interior, com a natureza, e com a espiritualidade. Levando-nos assim rumo à Tiferet.

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