A Temperança - A Chave Para a Harmonia - Tarot

 

Texto de Zayin

 

“1+1 é igual a 3.

Isso que quero mostrar a vocês.

Algo único e novo eu trago

Do equilíbrio de dois lados.

É com a influência de minha companhia

Que os faço encontrar harmonia.

Sou o anjo que lhes traz inspiração

Para que possam encontrar reintegração.

É através de meu poder

Que vocês podem ser

A verdadeira essência da conciliação

Do divino e da pessoa que são.

E assim seguir suas jornadas com segurança,

Com a virtude retificadora chamada a Temperança.”

 

 

O Arcano de número XIV é A Temperança. Assim como a expressão da virtude cardeal que carrega esse nome, este arcano também fala sobre moderação, ou seja, da exata medida capaz de trazer equilíbrio e consequentemente harmonia para as coisas fluírem em nossas vidas.

O Arcano XIV mostra uma verdadeira alquimia espiritual, pois essa alquimia leva a um processo de fusão de nossas forças externas e internas, trazendo a capacidade de entendimento do melhor caminho ou atitude a se seguir.

Nem pra lá ou pra cá, 8 ou 80, lado direito ou esquerdo, mas sim o caminho do meio, é isso que o arcano da Temperança nos mostra que devemos seguir, um caminho em que reside a união, conciliação, negociação de dois lados que irá resultar num terceiro, que será harmônico e trará a capacidade de seguir adiante.

No tarot de Waite, tem-se presente um anjo com um disco solar na testa. Ele está representando o chamado Sagrado Anjo Guardião de cada um de nós, a essência divina presente no íntimo de nosso ser. Ele segura duas taças e mistura seus conteúdos, e esses são as Águas Superiores se unindo às Águas Inferiores, para mostrar que é a inspiração proveniente das emoções divinas que são capazes de trazer equilíbrio entre nossa essência e ego, Individualidade e Personalidade, e assim haver harmonia em nossa forma de ser e agir.

Soldadinho De Chumbo

Por Hellen Reis Mourão

 


Era uma vez um menino que, em seu aniversário, ganhou uma caixa com 25 soldadinhos e os alinhou em cima de uma mesa. O último soldadinho de chumbo tinha apenas uma perna.

Perto, havia uma bailarina de papel e ela se equilibrava somente em uma perna, com os braços levantados.

O soldado de uma perna só acredita que a bailarina também tinha somente uma perna, e se apaixonou por ela.

Naquela noite, um gênio mau, entre os outros brinquedos, advertiu o soldado para que ele pare de olhar para a bailarina, mas o soldado o ignorou.

No dia seguinte, o soldado caiu da janela, trabalho do gênio, e ficou na calçada. Dois meninos encontraram o soldado, colocaram-no em um barquinho de papel e lançaram-no pela sarjeta.

O barquinho cai no esgoto e continuou a navegar até cair num rio, onde foi engolido por um peixe.

Quando este peixe foi pescado e cortado, o soldado estava na mesma casa de antes e colocado de volta próximo à bailarina.

Sem querer, o soldado cai no fogo. Um vento sopra e derruba a bailarina também no fogo; ela é consumida instantaneamente, somente restando o coração de pedra azul.

O soldado derrete numa poça em forma de coração e prende no coração da bailarina.

A História do Conto

O Soldadinho de Chumbo é um conto de fadas escrito por Hans Christian Andersen e publicado pela primeira vez em 1838.

Foi o primeiro conto escrito totalmente por Andersen. É importante notar que:

·         Um conto de narrativa curta e fora dos padrões dos contos mais conhecidos.

·         Aqui o herói é um soldadinho de chumbo de uma perna só, que se apaixona platonicamente por uma bailarina, que ele julga ser igual a ele.

·         Podemos supor que o soldadinho sem uma perna seja um aspecto da infância do menino.

·         Ele passa por um processo de transformação ao morrer. Ou seja, um aspecto do menino irá passar pelo fogo das emoções e morrer para que algo novo renasça.


A palavra fada vem do latim, fatum, que significa fatalidade, destino, fado.

O soldadinho de chumbo cumpre seu destino fatal, mesmo passando por adversidades e contratempos.

Um aspecto interessante nesse conto, é que o destino nasce do desejo. Ao desejar a bailarina e se espelhar nela ele cumpre seu destino, que nada mais é que a transformação e a imortalização do amor.

Isso significa que o desejo é a fachada para o cumprimento de um destino, que nada mais é que o nosso processo de individuação.

Precedentes na Mitologia e na Psicologia

O tema do amor imortal aparece em mitos como o de Eros e Psiquê.

A Morte - Live And Let Die - Tarot


 

Texto de Zayin


“A morte nos ensina que na vida

Tudo há de um dia morrer,

Para pôr fim a um ciclo

E assim podermos amadurecer.

E quando chegar a hora do adeus

Seja então forte,

E prepare-se para transformação

Causada pelo doce beijo da querida Morte.”

 

 

O fim chega para tudo e todos, e isso é um fato inegável. Para muitos é algo triste, mas decerto reside uma beleza em todos os fins, e ela é o poder da conclusão e da transformação dado por eles.

Um ponto final em algo é a chance de seguirmos num outro caminho, por vezes mais belo, profundo, transformador e em sintonia com nosso real propósito.

O Arcano de número XIII chama-se A Morte. Temível sem nenhuma necessidade. Não há porque temer ou se desesperar com este arcano, mas de fato sim sentir um alívio, pois ele está mostrando que o fim precisa chegar, para que assim abra-se espaço para uma renovação, ou um renascimento de algo novo no seu caminho.

É hora de finalizar, abandonar, despedir-se de algo que já deu na sua vida. A Morte também é um alerta para sabermos a hora de parar, pois continuar pode trazer apenas mais sofrimento e estagnação, e deixar morrer é um tipo de sacrífico necessário, caso contrário estará sempre no mesmo lugar igual ao arcano do Pendurado.

O Blog

Este blog aborda temas sobre diversas áreas do Hermetismo, e mostra como encontramos nele uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal, de reencontro com nosso Eu Interior, com a natureza, e com a espiritualidade. Levando-nos assim rumo à Tiferet.

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