O Louco - O Início de Nossas Jornadas - Tarot

 Texto revisado em 11/01/2023 


Aproveitando essa reta de final de ano em que começamos a vislumbrar o começo de um novo ano e com ele o desejo de novos inícios, renovando a esperança de que será um ano melhor e de que nossos sonhos possam se realizar, aproveito para trazer um novo conteúdo aqui para o blog. Com base em meus estudos e por textos feitos por mim, falarei diretamente sobre cada arcano do tarot. E nada melhor do que começar um novo ano aprendendo a se aventurar com o primeiro dos Arcanos Maiores, O Louco.

 

Texto de Zayin

 

“Toda jornada tem um início.

E pra todo início de jornada existe um chamado.

Seja de uma intuição

Ou seja do coração.”



 

       

              Começar algo novo é se permitir entrar numa aventura, e embora não se saiba exatamente o que nos aguarda nela, vamos assim mesmo. Com ou sem medo de entrar numa trilha desconhecida, ou que desperte nosso interesse, damos o primeiro passo rumo a uma nova direção, pois o velho já não serve mais. Algo novo nos chama, mesmo que não saibamos o que é esse algo, se permitir começar é a chave.

 

        A vida é repleta de fins e inícios, mas são os começos que nos enchem de esperanças. Esperanças num futuro que conquistamos algo tão esperado, tão querido, tão desejado. É preciso dar o primeiro passo a esse sonho, e mesmo que eles possam parecer loucura, seja louco o suficiente para isso.

 

        O Arcano de número 0 é O Louco, o primeiro dos Arcanos Maiores. Ele é o andarilho em busca de novas jornadas. É o impulso para iniciar novas coisas. Todo início de jornada é um chamado para criação de algo, seja lá qual área for. Uma força maior que você, podemos dizer até divina, é que te impulsiona a buscar coisas novas, renovando assim a vida, pois continuar no mesmo é perecer. Aqui essa força é o sopro divino que dá vida à criação.

 

O Sabbat de Litha e o Solstício de Verão


Por volta de 21 a 23 de dezembro, no hemisfério sul, e 21 a 23 de junho, no hemisfério norte, ocorre o famoso solstício de verão. Esse é o dia em que o sol alcança seu auge, encontra-se em todo seu esplendor e poder, e é também o dia mais longo do ano. E nele se é comemorado o Sabbat de Litha. Para entender um pouquinho desse Sabbat é preciso voltar no tempo e ver como os povos antigos viam a chegada dessa estação, e com isso a mensagem que ele carrega.

 

A chegada do verão



Há muito tempo, no hemisfério norte, após o fim do inverno, que era limitante para a vida no campo, era a chegada da primavera, e com ela a oportunidade de voltar à vida ao ar livre novamente, de fazer viagens, iniciar atividades no comércio, realizar festivais, e o mais importante: preparar a plantação para colheita do próximo ano. Lembrando que os povos antigos eram uma sociedade voltada ao campo e à agricultura, e suas vidas eram voltadas para isso.

 

É na primavera que o solo vai começando a ficar próprio para plantio, e é quando ele começa a ser preparado para receber as sementes e os grãos que darão as futuras colheitas. Toda essa ideia do renascer da vida na natureza, da felicidade de voltar às atividades novamente e da fertilidade da terra é comemorado no Sabbat de Ostara.

 

Entre Ostara e Litha ocorre o Sabbat de Beltane, que é quando o sol começa a ganhar força, e nele as famosas fogueiras de Beltane são acesas para iluminar o caminho para o verão, e aqui o poder do sol se une com o da terra, o deus Sol se une com a deusa, a mãe natureza. E as sementes plantadas começam a ganhar força para crescerem.

 

E chegamos então no verão, quando o poder do sol é mais potente e a terra fértil está crescendo em vida. Os campos se encontram verdes e floridos e o calor do sol torna a vida energizante. Nele a plantação cresce com toda força, e é tratada com todo cuidado e atenção, pois a colheita do que foi plantado se aproxima.


Tiferet, A Nossa Essência Divina - Kabbalah Hermética

Texto revisado em 10/01/2023


Título: Beleza; Harmonia (Tiferet; Tipharet; Tiphereth, em hebraico: Tav, Peh, Aleph, Resh, Tav).

Imagem Mágica: Um rei majestoso. Uma criança. Um deus sacrificado.

Localização na Árvore: No meio do Pilar do Equilíbrio

Planeta: Sol

Texto Yetzirático: O Sexto Caminho chama-se Inteligência Mediadora, pois nele se multiplicam os influxos das emanações, fluindo essas influências para todos os reservatórios das bênçãos com que se unem.

Títulos conferidos:  Zoar Anpin, o Rosto Menor, Melekh, o Rei, Adão, O Filho, O Homem

Nome Divino: YHVH Eloah Va Daath

Arcanjo: Rafael

Coro Angélico: Malachim, mensageiros

Qlippoth: Thagirion

Chakra Cósmico: Shemesh, o Sol

Chakra: Anahata

Experiência Espiritual: Visão da harmonia das coisas. Mistérios da crucificação.

Virtude: Devoção à Grande Obra. Magnanimidade

Vício: Orgulho

Símbolos: O lámen, a Rosa-cruz, a cruz do Calvário, a pirâmide truncada, o cubo, o hexagrama, Sagrado Anjo Guardião.

Arcanos do Tarot: Os quatro 6

            6 de paus: Senhor da Vitória

            6 de copas: Senhor do Prazer

            6 de espadas: Senhor do Sucesso Merecido

            6 de ouros: Senhor do Sucesso Material

Cor em Atziluth: Rosa-claro

Cor em Briah: Amarelo

Cor em Yetzirah: Rosa-salmão intenso

Cor em Assiah: Âmbar-dourado

No Reino Animal: Leão, pelicano, fênix

No Reino Mineral: Ouro(metal), diamante, topázio (gema).

No Reino Vegetal: Olíbano, girassol, acácia, videira, alecrim, louro, freixo.

Corpos: o corpo mental superior

Correspondência no microcosmo: Coração

Número: 6

Algumas associações com deuses: Osíris, Amon Rá, Apolo, Dionísio, Hélios, Hércules, Belenos, Mitra, Amaterasu, Buda, Jesus, Krishna, Oxalá.

 

Localizada no centro da Árvore da Vida, no Pilar do Equilíbrio, temos a sexta esfera, Tiferet. Ela é a esfera de nossa verdadeira essência, é o Eu Superior, é a centelha divina em nós, é o ponto no qual nos ligamos com o Sagrado Anjo Guardião (e também pode ser considerada ele próprio), é a esfera do objetivo de vida, da Verdadeira Vontade, da Grande Obra, do vir a ser e se tornar, e é aqui que os objetivos desta encarnação se encontram e se cumprem.


Tiferet significa Beleza, Harmonia. A beleza aqui não é estética, mas sim o produto final da perfeita harmonia e equilíbrio das esferas da Árvore da Vida em Tiferet. Tanto que uma das Visões Espirituais atribuídas a ela é A Visão da Harmonia das Coisas. Essa visão implica no saber de como seguir e administrar com maestria os aspectos da sua vida para compor algo grandioso, que também podem ser pequenas coisas que se desdobram em algo grande, e quando juntar todas as peças, elas irão compor um todo, e quando composto esse todo, ele mostrará uma beleza harmônica, que só se foi possível conquistar com o devido equilíbrio de diversos aspectos envolvidos na sua vida. 


Um dos símbolos que ajuda a trazer um maior entendimento sobre Tiferet é o Sol.




O Sol é a luz que nos ilumina, ele é o dador da vida, pois sem ele não a haveria. Ele é o centro de nosso sistema solar, assim como Tiferet é o da Árvore da Vida. Na astrologia ele está ligado ao Eu, à nossa essência, e Tiferet é a representação dela. O Sol tem como virtude a Magnanimidade, que é a grandeza da alma, é ser bom de coração, e ser magnânimo é ser como o Sol, irradia luz para todos ao seu redor. Como defeito tem o Orgulho. Quero que esqueça aqui a visão de que Orgulho é o senso de realização ou satisfação por um acontecimento, mas que o enxergue como fonte de um ego que apenas quer se sentir bem mostrando suas conquistas aos outros, e Tiferet é o caminho contrário do ego. As obras realizadas em comunhão com sua essência, com seu Sagrado Anjo Guardião, não são feitas pelo ego ou pra se sentir orgulho, elas são obras que manifestam o divino e seu lado divino aqui neste Plano de Malkuth. A Qlippoth, a casca da Árvore da Morte, que é contrária à Tiferet é Thagirion, o sol negro.


“[...] o Eu Superior é desligado da personalidade encarnada, deixando esta sem seu elemento espiritual central diretor e organizador. O indivíduo é então arremessado no mundo dos miseráveis prazeres da ostentação, do envaidecimento extremo, do egoísmo infundado e do egocentrismo.”     – A Cabala Draconiana, Adriano Camargo

O ouro é um dos metais que estão ligados à Tiferet, e ele é também associado ao Sol, talvez por conta de sua pureza. Na alquimia a expressão “transformar chumbo em ouro” é simbólica, pois o ouro na verdade é a representação do verdadeiro Eu, ou até mesmo as riquezas do verdadeiro Eu. Outras pedras associadas à Tiferet são o topázio e o diamante amarelo. Crowley no Liber 777 diz que o topázio é o ouro do sol e que o diamante amarelo sugere o reflexo de Kether em Tiferet.


 

No desenho da Árvore da Vida, cada esfera está estrategicamente colocada num ponto em que sua posição nos traz a luz para compreensão delas e de seus caminhos, e por Tiferet estar localizada no meio dela, pode-se começar a compreender melhor essa esfera a partir disso.

Iluminação Neuronal


[...]é possível modificar aspectos específicos da consciência e, portanto, da personalidade como um todo. "As conexões no cérebro não são fixas. Isso quer dizer que ninguém precisa ser para sempre o que é hoje."


  

Por Ulrich Kraft

 

Vermelho, amarelo, verde. Diante das diferentes cores nas imagens de ressonância magnética funcional, Richard Davidson identifica as regiões do cérebro de seu voluntário que apresentam atividade significativa enquanto este tenta conduzir a própria mente ao estado conhecido como "compaixão incondicional". O tubo estreito do barulhento tomógrafo de ressonância magnética está, com certeza, entre os locais mais estranhos nos quais Matthieu Ricard já praticou essa forma de meditação, central na doutrina budista, nos seus mais de 30 anos de experiência. 

 

Para o francês, o papel de cobaia no laboratório de Davidson, na Universidade de Wisconsin, em Madison, é também uma viagem ao passado - a seu passado como cientista. Em 1972, aos 26 anos, Ricard obteve seu  doutorado em biologia molecular no renomado Instituto Pasteur, de Paris. Pesquisador iniciante, com futuro promissor pela frente, decidiu-se pela "ciência contemplativa". Viajou, então, para o Himalaia e passou a dedicar a vida ao budismo tibetano. Hoje, é monge do mosteiro Schechen, em Katmandu, escritor, fotógrafo e, na condição de tradutor, integrante do círculo mais próximo ao Dalai Lama. Ricard, no entanto, retornou à "ciência racional" porque Davidson queria saber que vestígios a meditação deixa no cérebro. 

 

Sem o Dalai Lama, é provável que a insólita colaboração entre o neuropsicólogo e o monge jamais tivesse acontecido. Há cinco anos, ao lado de outros pesquisadores, Davidson visitou o chefe espiritual do budismo tibetano em Dharmsala, local de seu exílio na Índia. Lá, discutiram animadamente as descobertas neurocientíficas mais recentes e, em particular, como surgem as emoções negativas no cérebro. Raiva, irritação, ódio, inveja, ciúme - para muitos budistas praticantes, essas são palavras desconhecidas. Eles enfrentam com serenidade e satisfação até mesmo o lado ruim da vida. "A meta suprema da meditação consiste em cultivar as qualidades humanas positivas. Então, vimos isso como algo que precisaríamos investigar com o auxílio das ferramentas modernas da ciência", conta Davidson.

 

Ele foi pioneiro nessa área, mas nomes importantes da pesquisa cerebral seguiram seus passos. Com auxílio da medição das ondas cerebrais e dos procedimentos de diagnóstico por imagem, os cientistas buscam descobrir o que nosso órgão do pensamento faz enquanto mergulhamos em contemplação interior. E os esforços já deram frutos. Os resultados dessa pesquisa high-tech, no entanto, dificilmente surpreenderiam o Dalai Lama, uma vez que não fazem senão comprovar o que os budistas praticantes vêm dizendo há 2.500 anos: a meditação e a disciplina mental conduzem a modificações fundamentais na sede do nosso espírito. 

O Caibalion



“Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento.” - O Caibalion

 

O Caibalion é um livro que todo estudante das ciências herméticas deveria já ter tido contato. Imagino que uma parcela expressiva das pessoas que estudam hermetismo ou coisa esotéricas em geral já devem ter tido contato com ele. Para quem nunca o leu ou nunca ouviu falar dele, esse livro trata dos princípios herméticos, ou leis herméticas, que falam sobre as leis que o universo segue para a criação e existência das coisas nele. Os ensinamentos do livro são atribuídos a Hermes Trimegistos.

O Caibalion é um estudo sobre as leis herméticas, apresentado por autores que preferiram não se revelarem e se intitularam como “Os Três iniciados”, e segundo a eles o intuito do livro é “colocar nas mãos do estudante a Chave-Mestra com que possa abrir todas as portas internas que conduzem ao Templo do Mistério cujos portais já entrou”. Ou seja, dar ao estudante o conhecimento para que ele possa compreender o universo que vive.

Entre razões e emoções - Peh, o 27º Caminho - Kabbalah Hermética

Texto revisado em 10/01/2023


Letra Peh em hebraico


Título: A criança conquistadora

Inteligência: Inteligência Ativa ou Excitante

Localização: Entre Netzach e Hod

Significado: Boca

Valor Gemátrico: 80 ou 800

Anjo: Malkiel

Qliphot: Parfaxitas

Cor: Vermelho

Incenso: Pimenta, tabaco

Animais: Urso, cavalo, lobo, javali

Pedras: Rubi e pedras vermelhas

Plantas: Absinto, arruda

Árvores: Carvalho

Correlação: Marte

Correspondência no corpo humano: Sistema muscular

Tarot: A Torre

Símbolos: Espada

Rituais: Inspiração, destruição do ego

 

Entre as esferas de Netzach Hod está localizado o 27º Caminho: Peh. Aqui temos a razão e emoção, a mente racional e a mente intuitiva, o intelecto e as emoções superiores trabalhando juntos criando uma verdadeira harmonia para construção daquilo que é verdadeiro e real, sem pender muito para o lado emocional ou para o lado lógico, encontra-se aqui o ponto de equilíbrio dessas duas forças.

O caminho de Peh


A divagação da mente e os descontroles emocionais aqui em Peh são dominados, dando-nos condições de poder ver e viver a realidade das coisas como realmente são, sem falsidades, pois às vezes a realidade a qual vivemos e acreditamos é obscurecida por nossos próprios pensamentos, concepções e visões errôneas. Uma falsa e frágil estrutura que erguemos para sustentar a forma que lidamos com a vida, que quando posto à prova pelas forças de Hod e Netzach , concentradas no caminho de Peh, não se mantêm, pois sobra somente aquilo que é real para a vida que deseja seguir.

        “O equilíbrio entre a mente superior intuitiva e o intelecto, que resulta na propagação da palavra divina (Logos), pode revelar a verdade, ou parte da verdade, despida de artificialidades e limitações equivocadas do ego. A revelação da verdade “destrói” a própria personalidade ilusória do indivíduo e toda confusão que oprimia sua mente” - A Cabala Draconiana

Até aqui, pela subida da Árvore da Vida, os caminhos abordavam a Personalidade, o Eu Inferior. Acima do 27º caminho estão os da Individualidade, do Eu Superior. Isso significa que, aqui em Peh, a nossa personalidade e ego são submetidos à transmutação para se chegar ou ter contato com a nossa Individualidade, ou seja, o que é falso, o que não agrega, o que é ilusão, irá ruir para um bem maior e assim poder ascender na Árvore da Vida.

A esfera de Tiferet, o Eu Superior, está logo acima desse caminho, e assim o contato com essa força, com esse seu Eu, só é possível retirando tudo aquilo que não pertence a ele, pois a nossa atual Personalidade, o Ser encarnado que somos, precisa ter uma base forte para receber as forças que emanam de Tiferet.

 

 

O amor é parte de você

 

“A verdade é que não foi uma ilusão e você também não perdeu nada. Esse algo valioso é parte de seu estado natural.”

 


Ao olharmos para o passado podemos ter uma visão de que certas coisas que vivemos com alguém foram ilusões. Ilusões no sentido de que as certezas que tínhamos sobre um sentimento gerado por momentos especiais com alguém se desdobraria num belo futuro com a pessoa. E no fim esse futuro não aconteceu, e assim acredita que tudo o que foi vivido foi um engano, que os sentimentos que sentiu foram baseados em ilusões de uma expectativa não atendida, de um sonho que não se realizou.



Acreditando que os sentimentos que você sentiu ou que sentiram por você eram ilusões, que tudo passou de um engano, passa a viver a vida tendo a certeza de que aqueles momentos não foram reais, que não eram verdadeiros, pois como a força de algo verdadeiro poderia acabar fácil?! 



Mas será que o amor, a paz e a alegria que sentimos nessas ocasiões também foram ilusões? O que sentimos foi real? 

 

Você é o reflexo do mundo que as pessoas veem


Texto publicado em 05/07/2017


Texto de Zayin

 

Disseram-me que o mundo é cruel. Já ouviu isso? Pois bem, é tudo MENTIRA! O mundo é apenas o mundo, e o que o faz ser como ele é somos nós seres viventes. Então poderia dizer que nós que somos cruéis, mas isso não é totalmente verdade. Dentro de nós há o potencial para sermos bons ou maus, para agirmos com bondade ou crueldade, com amor ou com ódio. É tudo POTENCIAL para ser. E somos nós que decidimos como iremos agir perante algo.


Se alguém vê o mundo de forma cruel é porque as pessoas ao redor dela querem agir assim. Se o mundo é cruel para você é porque as pessoas agem assim. Se o mundo é cruel para elas é porque você também age assim. Você é o reflexo do mundo que as pessoas veem. Então mude a forma como ela vê o mundo mudando a si mesmo, usando o potencial que você tem para ser melhor. E assim aos poucos tentarmos mudar o Inconsciente Coletivo que nos torna tão desesperançosos e desconfiados com esse mundo. Vamos ser melhores para que as pessoas e o mundo também sejam melhores.


Sua Estrela Guia - Tzaddi, o 28º Caminho - Kabbalah Hermética


Letra hebraica Tzaddi



Título: O governante

Inteligência: Inteligência Natural

Localização: Entre Netzach e Yesod

Significado: Anzol

Valor Gemátrico: 90 ou 900

Anjo: Malkiel

Qliphot: Tzuflifu

Cor: Violeta

Incenso: Gálbano

Animais: Pavão, águia

Seres Lendários: Ninfas, loreleis, sereias

Pedras: Vidro, calcedônia

Plantas: Oliveira, coco

Árvores: Sabugueiro

Correlação: Aquário

Correspondência no corpo humano: Rins e bexiga

Tarot: A Estrela

Poderes: Astrologia, oráculos

Símbolos: Incensário, incenso



O 28º Caminho é Tzaddi, une as emoções e inspirações de Netzach à intuição, imaginação e fundamento de Yesod. Aqui a emoção é fundamentada por uma inspiração mais elevada. É o vir a ser, vir a se tornar. É um sentimento que não pode ser intelectualizado, mas apenas sentido. É o sentimento daquilo que nos toca por dentro. É a estrela que te guia pelo caminho das emoções que de algum jeito lhe inspira a ir por elas, e que também mexe com sua fé. E atente-se que fé não existe apenas no contexto religioso. Entenda ela aqui como a crença em algo que não intelectualizamos e sim apenas intuímos.

Por que Tzaddi mexe com nossa fé e com nossa intuição? Qual o porquê disso?

Netzach tem uma ligação direta com a esfera de Tiferet, a esfera do Eu Superior, de nossa verdadeira essência, do Sagrado Anjo Guardião (SAG), em essência é a esfera do nosso objetivo de vida do vir a fazer e se tornar. Logo, Netzach, recebe as emanações de Tiferet, e por meio das emoções, fé e inspirações que ela emana, carrega em si uma parte de nossa centelha divina.

Ao caminhar pelo caminho de Tzaddi, estamos sendo guiados por um feeling mais elevado. Estamos seguindo o famoso caminho do coração, porque essa intuição que nos faz segui-la vem de um Plano Superior, vem de nossa essência mais elevada espiritualmente.

Abra espaço para o novo! A limpeza de primavera

Texto revisado e reeditado em 10/01/2023

 

Texto de Zayin



A limpeza de primavera é uma famosa tradição em diversos países do mundo. Não se tem uma origem exata de quando ou onde surgiu, mas está presente em diversas culturas. Para os judeus, por exemplo, próximo ao período do Pessach, eles procuram fazer essa limpeza se livrando de todos chamêts, produtos fermentados que são proibidos durante esse período para seu povo.

Uma possível origem também que é dita viria do ano novo persa, o Irinian Nowruz, chamada de celebração Noruz. Ela ocorre há pelo menos 3000 anos estando ligada às raízes dos ritos e tradições do zoroastrismo, e é observada em diversos povos. É celebrada em todo o Irã e em países do Oriente Médio, e também em toda a Ásia Central. No primeiro dia de primavera é realizado o khooneh tekouni ou Khanetekani, expressão que significa “chacoalhar a casa”, no qual as casas são limpas e arrumadas durante os últimos dias de inverno para a chegada do novo ano e para dar boas-vindas à primavera.


Altar dedicado à celebração de Noruz


No hemisfério norte, a chegada da primavera ocorre durante o mês de março. Se observarmos essa chegada dentro do contexto de um povo, uma sociedade ou tribo que viveram há muitos anos, ela simbolizava o fim de um rigoroso inverno no qual as suas casas ficavam fechadas durante toda essa estação. Era um período que não havia plantio e nem colheita, e com o frio intenso do inverno, só bastava a esses povos ficarem no calor do interior de suas casas.

A Roda do Ano e os Sabbats



A vida é feita de ciclos. Com a Terra, Gaia, a Mãe Natureza, também não seria diferente. O semear, nascer, florescer, morrer, renascer, são ciclos inerentes na vida de todos e da Mãe Natureza em que vivemos. A Roda do Ano é a representação desses ciclos na natureza, mas que também conversam com nossas vidas, pois esses ciclos estão ligados ao mundo que nos cerca e ao nosso interior. E eles são divididos na Roda do Ano em 8 e são chamados de Sabbats.  

Os Sabbats são festividades pagãs antiquíssimas que carregam uma enorme energia em si, pois são lembrados e reforçados a cada ano que passa, além de coincidirem com excelentes pontos astrológicos. São comemorados por muitos bruxos e bruxas, mas não é exclusivo da religião Wicca. Desde tempos remotos o povo do campo realizava essas celebrações e cultuavam essas passagens da natureza com festividades, oferendas, cerimônias e muita devoção.

Em diversas culturas os Sabbats são representados por mitos e celebrações. Como exemplos disso temos diversos sincretismos religiosos com as festividades pagãs, que se mesclaram e estão presentes em algumas que temos hoje em dia. O natal, a páscoa, a fogueira de São João e algumas outras festividades presentes em outras culturas são exemplos desse sincretismo.

 

           

                             

Os 8 Sabbats são divididos em dois grupos: 4 Sabbats menores, realizados nos equinócios e solstícios; e 4 Sabbats maiores, realizados no meio de um equinócio/solstício e outro. Como eles seguem os ciclos da natureza, as datas que são comemorados diferem do hemisfério sul para o hemisfério norte. Então aqui no hemisfério sul enquanto temos o solstício de verão, lá no hemisfério norte temos o solstício de inverno.

 

As datas dos Sabbats 

As datas para realizar os Sabbats tecnicamente não são fixas, elas podem sim ser comemoradas na data que é estipulada normalmente, mas também podem ser celebrados alguns dias depois, e até mesmo seguindo o calendário astrológico quando o sol adentrar em um determinado signo.

Um Novo Fractal do Uno


Texto revisado e reeditado em 09/01/2023


Texto de Zayin



Há um tempo me questionava “Por que querer evoluir? Para que? De onde vem essa vontade de querer poder ser mais?”



Diversos caminhos místicos, espirituais e religiosos sempre dizem para evoluir e evoluir, tornar-se o mais iluminado possível, ser melhor, ajudar o máximo possível os outros. Mas talvez essa vontade de querer ajudar e de ser melhor seja mais um senso de dever perante às nossas crenças e valores do que fazer por amor ao ato, ou por dever e amor ao mesmo tempo. E percebo em muitas pessoas que é mais uma obrigação que elas lhe impõem do que realmente uma vontade delas em fazer essas coisas.



Talvez esse desejo de ser mais iluminado não vem unicamente de uma força maior, mas sim de querer ser por apenas querer, e isso é o ego. Entenda o ego aqui como uma máscara, um personagem que se basta nele mesmo e vive para ele em primeiro lugar, e não é capaz de crescer, pois para isso é preciso abandonar certas coisas que fazem parte dele, e isso é sacrificá-lo, e algo que o ego sempre lutará contra é contra a sua morte, sua dissolução.



Em 2016 tive uma experiência interessante enquanto me fazia os questionamentos acima e contemplava no tarot a figura do arcano O Mundo. E em algumas frações de segundos foi como se o tempo parasse e alguma coisa jogasse blocos de informações em minha mente. Algo bem parecido com um insight só que bem mais forte e como se não partisse de mim.



Arcano O Mundo


Acabei anotando e guardando o que veio desses blocos de informações e o transformei num texto. Lendo-o novamente, achei válido compartilhar aqui, pois mesmo passado já um tempo, eu ainda me surpreendo com a visão que ele me dá, e talvez para você também tenha alguma relevância. Ele está escrito numa narrativa como se eu estivesse falando comigo mesmo e para mim:

A Cabala Mística - Dion Fortune


A Cabala Mística, acredito eu, ser um dos primeiros livros que as pessoas em geral leem quando se interessam pela cabala. E é um dos principais livros que falam a respeito de cabala com um viés mais ocidental e esotérico.  

 

Escrito por Dion Fortune (1890 – 1946), psicóloga e famosa ocultista, cujo seus trabalhos até hoje são muito relevantes para o estudo da magia, A Cabala Mística irá te levar a conhecer o universo da cabala e da Árvore da Vida. Dion Fortune fez parte da famosa Ordem Iniciática Golden Dawn (Ordem Hermética da Aurora Dourada) e fundou a Fraternidade da Luz Interior, mais tarde renomeada como Sociedade da Luz Interior.

 

Com excelentes explanações sobre a cosmogonia da cabala e das esferas da Árvore da Vida e suas correspondências elementais, mitológicas, mágicas, entre outras, A Cabala Mística lhe abre a consciência para um vasto universo existente dentro e fora de nós. E o mais legal desse livro, ou de quase todos os livros que falam sobre cabala, é que não importa quantas vezes o leia, você sempre estará aprendendo algo novo ou tendo uma nova visão sobre esse universo que fazemos parte.

O que te move? Qof, o 29º Caminho - Kabbalah Hermética

Letra hebraica Qof 


Título: Qof ou Qoph

Inteligência: Inteligência Corporal

Localização: Entre Netzach e Malkuth

Significado: Nuca ou macaco

Valor Gemátrico: 100

Anjo: Baraquiel

Qliphot: Qulielf

Cor: Roxo-avermelhado

Incenso: Âmbar cinza

Animais: Golfinho, peixes

Seres Lendários: Fantasmas, lobisomens, faunos   

Pedras: Pérola

Plantas: Papoula, framboesa

Árvores: Olmo

Correlação: Peixes

Correspondência no corpo humano: Pernas e pés

Tarot: A Lua

Símbolos: Espelho mágico

Rituais: Rituais de intuição e instinto

 

Qof é o caminho entre as esferas de Netzach (instinto/emoção/inspiração) e Malkuth (o mundo físico/o manifesto). Sendo assim, ele se torna o caminho por qual as emoções e nossa parte instintiva se refletem em nosso corpo. O próprio texto Yetzirático diz que “O 29º Caminho é a INTELIGÊNCIA CORPORAL, chamado deste modo porque ele forma cada corpo que é construído em todos os mundos e a reprodução deles”. Ou seja, este é um dos caminhos no qual o sutil se manifesta diretamente no mundo físico.

A Inteligência Corporal inclui todos os processos de funcionamento do corpo e da anatomia, desde processos motores aos bioquímicos e fisiológicos. E é importante ressaltar que o nosso corpo físico é um veículo que necessita de constante cuidados para funcionar corretamente. E além disso, somos um canal pelo qual as forças divinas podem se manifestar. Um corpo e mente saudáveis são as chaves para uma consciência mais elevada, e com isso um desenvolvimento maior da capacidade de entrar em contato com Planos e energias mais sutis.

Existem duas traduções para a palavra Qof que são diferentes, mas se complementam em explicação para esse caminho. Algumas traduções dizem que a palavra Qof significa “macaco”. Em outras significa “nuca”. O macaco é um animal que é associado ao nosso lado primitivo e instintivo, e como esse caminho também trata dos processos de manifestação do nosso lado instintivo no físico, é possível associar a ideia dessa tradução com ele. Agora a tradução com a palavra nuca é interessante notar como se dá essa associação. A nuca fica na parte de trás da cabeça, e justamente nesta parte está localizado o cerebelo.

 

O cerebelo recebe informações sobre a posição de articulações, comprimento dos músculos, estímulos auditivos e visuais. Além disso, ele ajusta os impulsos provenientes do cérebro e, a partir dessas informações, controla:

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Este blog aborda temas sobre diversas áreas do Hermetismo, e mostra como encontramos nele uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal, de reencontro com nosso Eu Interior, com a natureza, e com a espiritualidade. Levando-nos assim rumo à Tiferet.

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