Título: Beleza; Harmonia (Tiferet; Tipharet; Tiphereth,
em hebraico: Tav, Peh, Aleph, Resh, Tav).
Imagem Mágica: Um rei majestoso. Uma criança. Um deus
sacrificado.
Localização na Árvore: No meio do Pilar do Equilíbrio
Planeta: Sol
Texto Yetzirático: O Sexto Caminho chama-se Inteligência Mediadora,
pois nele se multiplicam os influxos das emanações, fluindo essas influências
para todos os reservatórios das bênçãos com que se unem.
Títulos conferidos: Zoar Anpin, o Rosto Menor, Melekh, o
Rei, Adão, O Filho, O Homem
Nome Divino: YHVH Eloah Va Daath
Arcanjo: Rafael
Coro Angélico: Malachim, mensageiros
Qlippoth: Thagirion
Chakra Cósmico: Shemesh, o Sol
Chakra: Anahata
Experiência Espiritual: Visão da harmonia das coisas. Mistérios da
crucificação.
Virtude: Devoção à Grande Obra. Magnanimidade
Vício: Orgulho
Símbolos: O lámen, a Rosa-cruz, a cruz do Calvário, a
pirâmide truncada, o cubo, o hexagrama, Sagrado Anjo Guardião.
Arcanos do Tarot: Os quatro 6
6
de paus: Senhor da Vitória
6
de copas: Senhor do Prazer
6
de espadas: Senhor do Sucesso Merecido
6
de ouros: Senhor do Sucesso Material
Cor em Atziluth: Rosa-claro
Cor em Briah: Amarelo
Cor em Yetzirah: Rosa-salmão intenso
Cor em Assiah: Âmbar-dourado
No Reino Animal: Leão, pelicano, fênix
No Reino Mineral: Ouro(metal), diamante, topázio (gema).
No Reino Vegetal: Olíbano, girassol, acácia, videira, alecrim,
louro, freixo.
Corpos: o corpo mental superior
Correspondência no microcosmo: Coração
Número: 6
Algumas associações com deuses: Osíris, Amon Rá, Apolo, Dionísio, Hélios, Hércules,
Belenos, Mitra, Amaterasu, Buda, Jesus, Krishna, Oxalá.
Localizada
no centro da Árvore da Vida, no Pilar do Equilíbrio, temos a sexta esfera,
Tiferet. Ela é a esfera de nossa verdadeira essência, é o Eu Superior, é a
centelha divina em nós, é o ponto no qual nos ligamos com o Sagrado Anjo
Guardião (e também pode ser considerada ele próprio), é a esfera do objetivo de
vida, da Verdadeira Vontade, da Grande Obra, do vir a ser e se tornar, e é aqui
que os objetivos desta encarnação se encontram e se cumprem.
Tiferet
significa Beleza, Harmonia. A beleza aqui não é estética, mas sim o produto
final da perfeita harmonia e equilíbrio das esferas da Árvore da Vida em
Tiferet. Tanto que uma das Visões Espirituais atribuídas a ela é A
Visão da Harmonia das Coisas. Essa visão implica no saber de como
seguir e administrar com maestria os aspectos da sua vida para compor algo
grandioso, que também podem ser pequenas coisas que se desdobram em algo
grande, e quando juntar todas as peças, elas irão compor um todo, e quando
composto esse todo, ele mostrará uma beleza harmônica, que só se foi possível
conquistar com o devido equilíbrio de diversos aspectos envolvidos na sua
vida.
Um dos
símbolos que ajuda a trazer um maior entendimento sobre Tiferet é o Sol.
O Sol é
a luz que nos ilumina, ele é o dador da vida, pois sem ele não a haveria. Ele é
o centro de nosso sistema solar, assim como Tiferet é o da Árvore da Vida. Na
astrologia ele está ligado ao Eu, à nossa essência, e Tiferet é a representação
dela. O Sol tem como virtude a Magnanimidade, que é a grandeza da alma, é ser
bom de coração, e ser magnânimo é ser como o Sol, irradia luz para todos ao seu
redor. Como defeito tem o Orgulho. Quero que
esqueça aqui a visão de que Orgulho é o senso de realização ou satisfação por
um acontecimento, mas que o enxergue como fonte de um ego que apenas quer se
sentir bem mostrando suas conquistas aos outros, e Tiferet é o caminho
contrário do ego. As obras realizadas em comunhão com sua essência, com seu
Sagrado Anjo Guardião, não são feitas pelo ego ou pra se sentir orgulho, elas
são obras que manifestam o divino e seu lado divino aqui neste Plano de Malkuth. A Qlippoth, a
casca da Árvore da Morte, que é contrária à Tiferet é Thagirion, o sol negro.
“[...] o Eu Superior é desligado da
personalidade encarnada, deixando esta sem seu elemento espiritual central
diretor e organizador. O indivíduo é então arremessado no mundo dos miseráveis
prazeres da ostentação, do envaidecimento extremo, do egoísmo infundado e do
egocentrismo.”
– A Cabala Draconiana, Adriano Camargo
O
ouro é um dos metais que estão ligados à Tiferet, e ele é também associado ao
Sol, talvez por conta de sua pureza. Na alquimia a expressão “transformar
chumbo em ouro” é simbólica, pois o ouro na verdade é a representação do
verdadeiro Eu, ou até mesmo as riquezas do verdadeiro Eu. Outras pedras
associadas à Tiferet são o topázio e o diamante amarelo. Crowley no Liber 777
diz que o topázio é o ouro do sol e que o diamante amarelo sugere o reflexo de
Kether em Tiferet.
No
desenho da Árvore da Vida, cada esfera está estrategicamente colocada num ponto
em que sua posição nos traz a luz para compreensão delas e de seus caminhos, e
por Tiferet estar localizada no meio dela, pode-se começar a compreender melhor
essa esfera a partir disso.
No
Pilar do Equilíbrio ou Pilar do Meio, está Tiferet. Ela é formada pela
concentração das forças das esferas de Chesed e Geburah, a Misericórdia e o
Rigor, e está localizada entre as esferas de Kether e Yesod, portanto ela é
Kether numa escala inferior e Yesod numa escala superior.
Kether,
o Deus-Pai, a primeira esfera da Árvore da Vida, o princípio imanifesto da
criação desse universo, se comparada ao fogo divino, reflete-se em Tiferet como a fagulha divina
desse fogo, isso porque a sexta esfera está abaixo de Kether recebendo os
influxos dela. (Entre Tiferet e Kether “existe” a esfera de Daath também, mas
ela é uma esfera que está e não está presente na Árvore da Vida).
E Yesod, lembrando que é a
esfera associada à lua, reflete as imagens de Tiferet nela, pois assim como a
lua reflete a luz do sol, Yesod faz o mesmo com a sexta esfera. Mas nem sempre
as imagens refletidas na nona esfera são claras, ainda mais quando estamos
trabalhando com o inconsciente de Yesod, portanto Tiferet é Yesod numa escala
superior.
Tiferet
é a única esfera que possui ligação direta com todas as outras, com exceção de
Malkuth. O texto Yetzirático diz que:
“O
Sexto Caminho chama-se Inteligência Mediadora, pois nele se multiplicam os
influxos das emanações, fluindo essas influências para todos os reservatórios
das bênçãos com que se unem.”
Com
isso entendemos que por ela ser a Inteligência Mediadora é ela que faz a
mediação das demais esferas, tornando-se o ponto de concentração e distribuição
de suas emanações. Portanto, Tiferet é o ponto em que ocorre a transformação do
Plano da força, representado pelas esferas acima dela, no Plano da forma,
esferas abaixo, e também por estar localizada no centro do Pilar do Meio.
Essa
posição é importante para nos lembrar de algo muito importante: que Tiferet não
é o final da jornada, mas sim apenas a metade. O objetivo final de nossa
existência é a volta à Kether, o que pode demorar muitas vidas e encarnações,
enquanto que Tiferet é o objetivo desta encarnação a qual estamos, da
existência que estamos vivendo neste curto período de tempo que chamamos de vida,
pois ninguém chega ao Pai (Kether) se não pelo Filho (Tiferet).
Outro
detalhe importante é que apesar de Tiferet ser a esfera da Grande Obra e da
Verdadeira Vontade, ela não é somente o ponto de realização de nossos tão
sonhados objetivos como, por exemplo, abrir seu próprio negócio, se formar na
faculdade ou conquistar a tão sonhada faixa preta, pois conquistar esses
objetivos é apenas metade do caminho, e trilhá-los agora que você conquistou é
a outra metade. Novamente temos aqui o ponto de transformação da força em
forma, ou vice-versa, que Tiferet representa.
A
formação/criação de algo implica numa Força superior que nos impulsiona a dar
forma a ela, ou seja, manifestar-se no Plano físico de alguma forma, e quando
damos, esse não é o fim, mas meramente o meio do caminho, pois o que vem depois
dela ser manifestada em forma, é fazer essa forma ser uma constante expressão
dessa Força. O divino manifestado no físico, o espírito manifestado na matéria.
Existem
3 tipos de Imagens Mágicas correspondentes à Tiferet que expandem melhor a
compreensão a respeito da sexta esfera, e são elas: uma criança, um
rei majestoso e um deus sacrificado. Para entendê-las é preciso usar as outras
esferas como referência para isso.
Do
ponto de vista de Kether (o Deus-Pai), Tiferet é uma criança (o Deus Filho). É
o princípio da pureza, sem estar corrompida pelo ego, é a criança da promessa,
o potencial da existência de uma encarnação, que irá crescer conforme as
experiências adquiridas nela. Existe uma passagem na bíblia que é muito
interessante se vista de forma cabalística dentro desse contexto de Tiferet ser
uma criança.
“Eu asseguro que, a não ser que vocês
se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus” - Mateus 18:3
No
tarot de Waite, o arcano O Sol possui uma criança, representando nossa essência
e a pureza.
Do
ponto de vista de Malkuth, Tiferet é um
rei majestoso, e é considerado isso por alguns motivos, dentre eles está o fato
dela ser o centro mediador das demais esferas, portanto é o rei que governa e
administra as bênçãos divinas provindas das esferas superiores distribuindo-as
para as esferas inferiores. E também porque o Deus Filho como redentor, é tido
como um Rei após alcançar o reino dos céus.
Do
ponto de vista de si própria, Tiferet é o deus sacrificado, o redentor, pois
nela ocorre a transformação da força em forma. É onde o ego/Personalidade são
sacrificados para se alcançar o Eu Superior e a realização da Verdadeira
Vontade ou da Grande Obra.
A ideia
de sacrifício que as pessoas possuem é a de abrir mão de algo em prol de outra
coisa, carregando nesse ato um sofrer e um sentimento de perda. Mas a
verdadeira ideia do sacrifício em nada tem a ver com isso. A palavra sacrifício
vem de sacro-ofício, sacro de sagrado, ofício de trabalho/papel a desenvolver,
ou seja, é um trabalho sagrado!
“Não compreenderemos corretamente Tiphareth se não
tivermos algum conceito do sentido real do sacrifício, que é muito diferente do
sentido popular, que o concebe como a perda voluntária de algo querido. O
sacrifício é a tradução da força de uma forma a outra. Não existe uma
destruição total da força; por mais que ela desapareça de nosso alcance, ela se
mantém em alguma outra forma, de acordo com a grande lei natural da conservação
da energia, que é a lei que mantém nosso universo em existência. A energia pode
ser encerrada na forma, tornando-se, por conseguinte, estática; ou pode ser
libertada dessa prisão da forma e posta em circulação. Quando fazemos um
sacrifício de qualquer espécie, tomamos uma forma estática de energia e,
quebrando a forma que a aprisiona, colocamo-la em livre circulação no cosmo. O
que sacrificamos numa forma retoma novamente, no devido tempo, sob outra forma.
Aplicando esse conceito às ideias religiosas e éticas do sacrifício, obtemos
algumas pistas muito valiosas.” - Cabala
Mística, Dion Fortune
Uma
outra Visão Espiritual atribuída à Tiferet é os Mistérios da Crucificação, que
nos remete a um processo cósmico e espiritual. Nos mitos existentes, assim como
Cristo, os deuses redentores nascem de uma mãe virginal com um deus,
enfatizando a natureza dual de Tiferet em que força e forma estão unidas. Esses
deuses redentores nos mostram que é preciso haver um sacrifício para que possa
haver uma evolução, sacrificando nosso Eu mundano, essa personalidade/ego que
carregamos, para que haja contato com nosso Eu Superior, com o Ser Divino que
somos em essência e com as Forças Divinas Superiores. Como já foi dito, Tiferet
é o ponto de transmutação da forma em força e vice-versa, e todos os deuses
redentores estão inclusos nela, mostrando que é no sacrifício de quem somos que
se é possível liberar a força que nos liga à nossa verdadeira essência.
“Porquanto quem quiser salvar a sua
vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, encontrará a
verdadeira vida.” - Mateus
16:25
Em
Tiferet encontramos todos os deuses solares, deuses redentores, deuses da cura
e os heróis centrais de suas histórias.
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Todo
personagem principal de uma história é o que tem mais coração nela, sempre
demonstrando o poder de acreditar na força de você mesmo, e sempre passando por
uma jornada em que ocorre uma morte simbólica dele, pois essa morte é o que
mata seu antigo Eu, transformando-o em um novo Eu que é ligado à sua verdadeira
essência que inicialmente estava adormecida, e ele se torna assim um herói, e
às vezes com poderes quase divinos.
O
Arcanjo de Tiferet é Rafael, conhecido como o anjo da cura, e o Coro Angélico
dela é os Malachim, os mensageiros, conhecidos também como os Reis, eles são os
princípios espirituais das forças elementais da natureza, forças essas que
somente um iniciado na esfera de Tiferet consegue ter contato ou controlar,
pois é necessário conhecer natureza espiritual dessas forças, harmonizando-se e
as compreendendo para então ter um contato seguro com elas.
O 6 é o
número de Tiferet. No livro Kabbalah Hermética de Marcelo Del
Debbio, se diz a respeito do número 6:
“O Seis representa a ideia de que
podemos ir além do Cinco; além do ser Humano, caminhando em direção ao Divino.
[...]
Representa também todos os Planetas, suas contrapartes de qualidades humanas celestiais, orbitando ao redor do SOL, o centro do sistema Solar e, ao mesmo tempo, representação do Eu Superior de cada um de nós.”
O
chakra de Tiferet é o Anahata, localizado no peito próximo ao coração,
responsável pelo regulamento do sistema imunológico e ligado à glândula timo. E
o coração é a correspondência no microcosmo de Tiferet.
O nome
divino de Tiferet é YHVH Eloah Va Daath, que significa “Senhor Deus do
Conhecimento”, ele contém o Tetragrammaton (Yod – He – Vav – He) indicando o
poder dos 4 elementos, bem como o poder do princípio masculino e feminino com a
junção do nome Eloah. Interpreta-se YHVH Eloah Va Daath também como “Deus
manifesto na esfera da mente”, ou seja, a mente divina que compreende sua
própria divindade.
Como símbolos, Tiferet possui a Rosa-cruz, a cruz do Calvário, a pirâmide truncada, o cubo, o hexagrama, o lámen e o Sagrado Anjo Guardião.
A cruz
do calvário nos remete ao momento do sacrifício de Jesus na cruz. A cruz
Rosa-Cruz está representando a união da matéria com o espírito, sendo a matéria
a cruz e a rosa em seu centro o espírito.
Cruz
Rosa-cruz
O cubo
por conter seis lados, cujo seis é o número de Tiferet, é associado à sexta
esfera, mas também pelo motivo de que, como diz Dion Fortune em seu livro A
Cabala Mística “O cubo é a forma mais simples do sólido e, como
tal, é o símbolo apropriado de Tiphareth, em cuja Esfera se encontra o primeiro
prenúncio da forma. O símbolo de Malkuth é o cubo duplo, que simboliza o axioma
"Como em cima, tal é embaixo."
A
pirâmide truncada também carrega o simbolismo do número 6 por conta do número
de lados, mas nessa pirâmide ainda falta uma parte dela, e essa parte que
falta é representada pelas 3 esferas Supremas: Kether, Hochma e Binah;
lembrando-nos que Tiferet não é o final da jornada.
|
O lámen
nada mais é do que um símbolo, mas aqui ele também é uma ferramenta, uma arma
mágica de Tiferet, que se carrega no peito para indicar o uso de uma
determinada força, e por Tiferet se associar com o peito, o lámen é pendurado
nele, ficando em frente ao chakra cardíaco.
Um
sumo sacerdote usando um lámen em seu peito
E o
Sagrado Anjo Guardião é um dos símbolos da sexta esfera por ela ser ele
próprio, ou dele estar presente nela. Assim como também a devoção à Grande Obra
é símbolo de Tiferet, pois é nessa esfera que ela se realiza.
Tiferet
como título conferido tem o Zoar Anpin, que significa o Rosto Menor. Mas o que
isso quer dizer? Já foi dito que Tiferet carrega em si a fagulha divina de
Kether, e a primeira esfera tem como título Arik Anpin, que significa o Rosto
Maior, portanto Kether reflete em Tiferet numa escala menor, logo fica claro o
motivo da sexta esfera ser o Rosto Menor. Outro título é O Filho, fácil de
entender o motivo, pois Kether é o Pai.
Enquanto
que um dos títulos conferidos à Malkuth é Malkah, a Rainha, temos em Tiferet o
título Melekh, que significa o Rei, e já foi dito anteriormente que Tiferet em
relação à Malkuth é visto como um Rei.
O
incenso de olíbano, o girassol e o freixo são associações puramente solares,
assim como a acácia, que antigamente era considerada símbolo do sol por conta
de suas folhas amarelas. É dito que ela foi a madeira usada na cruz de Cristo.
Ela simboliza também a pureza, a imortalidade da alma e a ressurreição, pois é
símbolo da iniciação para uma nova vida. O louro é sagrado ao deus Apolo e a
videira a Dionísio, deuses solares. O alecrim é uma erva de Oxalá, é utilizada
em banhos de descarrego e também na culinária.
Acácia |
Como
animais associados à Tiferet temos o leão, a fênix e o pelicano. O leão é o
signo associado ao sol; a fênix é uma ave mitológica que morre e renasce de
suas próprias cinzas, ela é símbolo do renascimento e da ressurreição,
simbolizando um Iniciado ou Cristo recebendo uma segunda vida em troca da que
sacrificou; o pelicano é símbolo do sacrifício, em muitas imagens esse símbolo
de sacrifício que ele possui é representado pelo pelicano arrancando a carne de
seu próprio peito para dar de comer a seus filhotes.
No
tarot, os quatro 6 dos arcanos menores pertencem à esfera de Tiferet, carregando
em si a ideia de conquista, realização, vitória sobre algo e do equilíbrio após
uma difícil situação. O 6 de paus é o sucesso, uma vitória após alguma batalha;
o 6 de copas é o prazer e a beleza da conquista de algo; o 6 de espadas é o
equilíbrio das faculdades mentais que te permitem ver uma situação como um
todo, o que te levará à vitória; o 6 de ouros é o sucesso, a conquista material
merecida.
As simbologias de Tiferet são muito extensas, dando para se aprofundar bastante nelas, desde os mitos dos deuses, das associações com vários elementos ou títulos cabalísticos a qual lhe são atribuídos. E elas são bem interessantes de se conhecer e estudar, pois se nota que desde tempos antigos o princípio da essência divina que possuímos são retratados de diversas maneiras, nos mostrando que devemos buscar o divino dentro de nós e que devemos buscar ser o melhor que podemos ser e ir além disso sempre que possível.
Os
mitos e contos de antigamente até os dias de hoje nos ensinam a termos coração,
a acreditar no que vem de dentro, a acreditar em nosso potencial, naquilo que
há de mais belo em nós, e que também no mundo em que vivemos é fácil conseguir
se afastar de nossa verdadeira essência, de quem realmente somos lá dentro, e
que devemos aprender a deixar morrer o Eu que se perdeu nas coisas do mundo para
trás, para então renascermos como o verdadeiro Ser Divino que somos.
Referências bibliográficas:
A
Cabala Draconiana –
Adriano Camargo
A
Cabala Mística – Dion
Fortune
A
Bíblia Sagrada de King James, Mateus 18:3 – Mateus 16:25
Hermetic
Kabbalah Tarot – Simbologia básica & compilações – Marcelo Del Debbio & Rodrigo A. Grola
Kabbalah
Hermética –
Marcelo Del Debbio
Liber
777 –
Aleister Crowley
O
Taro Cabalístico –
Robert Wang
Um
Jardim de Romãs –
Israel Regardie
Acácia
amarela.
Disponível em https://www.bioparquebrasil.com.br/arvores/acacia-amarela/
Qabalistic magic article lesson 6:
tiphareth. Disponível
em http://www.isisbooks.com/Qabalistic-Magic-Lesson-6-Tiphareth-s/435.htm
Fênix. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9nix
Imagem da Árvore da Vida de autoria da
Hod Studio
Confira também: O que é Tiferet?
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