O sentido simbólico dos ritos nos dias atuais

 Texto de Marcella Helena


Como são os ritos nos dias atuais?

Ultimamente tem me chamado à atenção a falta de um marco para as inúmeras transições que todos nós fazemos durante a vida. Antigamente, esses momentos de transição eram marcados pelos ritos (rituais); hoje, esses momentos ou não estão sendo vivenciados ou não estão tendo relevância na vida das pessoas.

Um número considerável de clientes tem ido até o consultório reclamar sobre uma falta de sentido e se queixam de se sentirem desencaixados no momento em que estão vivendo. Dando alguns exemplos, é como se, mesmo estando na idade adulta, a pessoa ainda esteja presa aos moldes de quando estava amadurecendo.

Ou então um jovem adulto que não se sente pronto para ir para a vida pois de fato não se reconhece nesta fase: ainda se sente como adolescente, vivendo dia após dia, sem muitos planos e nada de segurança.

O rito ao longo dos tempos

Antigamente, as pessoas contavam com a ajuda de ritos para simbolizarem uma mudança de fase; cada tribo ou família tinha seus meios próprios de iniciarem seus filhos conforme a vida ia se apresentando. Esses ritos eram feitos em todos os momentos de vida em que uma transição psíquica tinha de ser realizada, como nos marcos mais tradicionais: iniciação à puberdade, casamento, nascimentos e mortes. Com o tempo, os ritos foram atualizados e explorados culturalmente: a menina que fazia 15 anos tinha uma festa para ser apresentada à sociedade; o primeiro emprego era a porta necessária para entrar em uma vida adulta, etc., entre tantos outros exemplos que podemos dar.




O Diabo - A Sombra Dentro de Nós - Tarot

Texto de Zayin

 

“Se eu te mostrar o que você pode ter,

O quanto irá querer?

O quão baixo pode chegar

Para esse desejo alcançar?

Eu não sou mau,

Só lhe ofereço o que você quer.

A culpa não é minha se pra isso

Você sobe em quem quiser.

A ti só estendo a mão,

Mas é você quem a segura e diz ‘vamos então’.

Minha morada não é o inferno,

É dentro de você!

E às vezes ao seu lado.

Muito prazer, eu sou o Diabo.”

 

 

O que escondemos no canto mais escuro de nosso ser? Nossos desejos mais instintivos dos quais não queremos nos identificar, mas querendo ou não eles estão lá. Talvez desejos vergonhosos, vícios, obsessões, cobiça, luxúria, coisas das quais são moralmente erradas, mas por algum motivo reluz e nos chamam atenção. São essas as tentações pelas quais nosso ego é atraído. Ir com elas ou não vai de cada um, mas quem vai, vai também de braços dados com o diabo.

O Arcano XV é O Diabo, e não, aqui ele não é a figura que os cristãos tanto temem. Esse arcano fala sobre a parte feia do ser humano, por feia entende-se aquilo que queremos esconder, pois não é aceitável aos olhos dos outros, ou mesmo aos nossos, e por vezes a pessoa nem esconde. Mentiras, inveja, desejos viscerais, o querer o mal, o que tem de vergonhoso em você, são algumas representações do que é essa parte feia.

O Diabo não é a figura que te prejudica, ele apenas te testa, oferece-lhe as tentações, e se você as aceita, quem está se prejudicando é você mesmo. Ele está mais dentro de ti do que fora. É a força que te escraviza, que te seduz, que desperta os interesses de seu ego, mas daquele ego arbitrário, que é levado pelo egoísmo, materialismo e instintos mais baixos. É um arcano que pode representar algo excitante, contudo perigoso ou proibido.

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Este blog aborda temas sobre diversas áreas do Hermetismo, e mostra como encontramos nele uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal, de reencontro com nosso Eu Interior, com a natureza, e com a espiritualidade. Levando-nos assim rumo à Tiferet.

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