Mostrando postagens com marcador Conhecimentos gerais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Conhecimentos gerais. Mostrar todas as postagens

Aprenda a Desenvolver a Paciência

            Texto postado em 03/05/2019 – Revisado em 01/06/2022


Texto de Zayin 


Quando você pede para ter paciência o que espera receber? Como espera se sentir? O que você entende sobre o que é a paciência?

Com essas perguntas inicio este texto. Vou te ensinar aqui a aplicar a paciência em sua jornada, seja lá qual for o campo que necessite dela. Mas primeiro venha comigo entender um pouquinho mais sobre ela.

Quando perguntei sobre o que você entende o que é a paciência provavelmente essas duas ideias se passaram em sua mente: é saber esperar e é ter calma.

Bem, essas são as respostas que nossa mente pensa rapidamente. Mas se nos aprofundarmos mais nessa questão e trabalharmos com um raciocínio mais lento, chegaremos a uma incrível revelação. Ter paciência é ser consciente! Ou seja, é alcançar uma consciência que desabrocha essa virtude.

Anjo Bom / Anjo Mau

 

Texto retirado de http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2018/06/

 

Já viram algum desenho animado onde um anjo e um diabo ficam pousados no ombro (ou cada um de um lado) do personagem e ficam tentando convencê-lo a fazer (ou desistir de) alguma coisa?


O termo técnico pra isso é Psychomachia (Batalha da Alma), e implica justamente um embate das virtudes contra os vícios. Pra usar termos psicológicos, poderíamos dizer que o Anjo é o Superego (Consciência moral), o Demônio é o Id (Instinto) e a pessoa no meio é o Ego (que é meio que o organizador, pegando os prazeres do Id e lidando com eles de acordo com as demandas do Superego e as condições/necessidades reais do mundo).

Esse tipo de organização espacial, de dois anjos (sim, o demônio é um anjo caído, mas um anjo) nos ombros muito provavelmente foi inspirado no Islamismo, onde temos no Corão dois "anjos escribas" (Kiraman Katibin) chamados Raqib e Atid, e eles ficam cada um em cima de um ombro, anotando num livro os pecados e boas ações de cada ser humano. Raqib senta-se no ombro direito e escreve cada pensamento, ação ou sentimento bom que a pessoa tenha durante o dia, e Atid fica no lado esquerdo, fazendo o mesmo, mas do que for ruim.

Após a morte da pessoa é dito que ela passa pelo Dia do Julgamento, onde cada pessoa será confrontada com seus dois livros, e os anjos estarão presentes para dizer a Deus tudo o que a pessoa fez. Maomé diz que o anjo da esquerda levanta sua pena (lápis) por um certo período de tempo antes de escrever cada ato ruim. Se nesse meio-tempo a pessoa se arrepender e pedir o perdão de Deus, o pecado não será escrito. Mas mesmo que seja escrito ainda há tempo de se arrepender e pedir perdão no instante antes da morte. Por isso é dito que Allah é misericordioso...

O Sabbat de Beltane

 

Update: Revisão e novos itens acrescentados ao texto.

Texto postado em 02/11/2020




  Beltane é o Sabbat realizado no meio da primavera. Aqui estamos no meio do caminho para a chegada do verão e nos preparando para ele. O sol começará a ganhar cada vez mais força para atingir seu ápice no solstício de verão, quando acontece o Sabbat de Litha.

Em Beltane se celebra a fertilidade, a volta da luz, pois a parte de Sombra da Roda do Ano já passou, e também a união da Deusa com o Deus, do princípio feminino com o masculino, e com isso, celebra-se também o amor.


Enquanto que em nullOstara abrimos espaço para o novo e começamos a preparar o terreno para a fertilidade que desejamos atingir, e também plantamos as sementes que nos darão os frutos que esperamos, em Beltane é chegado o momento em que o poder do Sol se une aos campos férteis da mãe natureza, e assim as sementes plantadas começam a ganhar força para nascerem e crescerem.  

 

O festival de Beltane

O Sabbat de Beltane é derivado de uma antiga festividade celta, o festival druida do fogo, e ele era dedicada ao deus Belenus (Bel, Beleno), deus do sol e fogo, cujo nome significa “deus brilhante”. Nesse festival era costume acender as fogueiras de Beltane (o fogo de Bel) para iluminar o caminho para o verão e aumentar a fertilidade nos animais, nas sementes e nas casas [¹]. Acendiam-se duas fogueiras para as pessoas passarem entre elas, assim como gados e outros animais, com o objetivo de serem purificados e limpos de energias negativas.


O Sabbat de Ostara e o Equinócio de Primavera


Update: Revisão e novos itens acrescentados ao texto.

Texto postado em 22/09/2020




Quando pensamos em primavera, nossa imaginação a associa à flores e a uma sensação de o clima estar bonito de se ver e gostoso de se sentir. Mas e se voltarmos no tempo e tentarmos imaginar como era a chegada dessa estação pros povos da antiguidade que viviam em tribos e no campo?

 

Após o fim de rigorosos invernos, a chegada da primavera era o início de um ciclo que trazia esperanças de dias mais quentes e o renascimento da natureza novamente.

 

As árvores com seus galhos secos começam a ganhar novas folhas, a terra e o clima começam a ficar apropriados para plantios, animais que hibernam ou migravam devido ao inverno começam a voltar à natureza local, e esses povos antigos, que ficavam praticamente presos em casa devido ao intenso frio, podiam voltar à normalidade da vida no campo.

 

Essa passagem de estação é celebrada em diversas culturas, embora seja no hemisfério norte que essa celebração esteja mais presente. Nele é possível ver que alguns elementos dessas tradições antigas ainda perduram até os dias de hoje, isso porque o cristianismo da época não conseguiu eliminá-las, pois eram muito presentes e fortes para o povo do campo, então precisou adotar e adaptar alguns desses costumes.

O Sabbat de Ostara é uma dessas celebrações que é realizada na chegada da primavera. Enquanto no hemisfério sul esse sabbat é comemorado em setembro, no hemisfério norte ele é comemorado em março, e nele esse é um mês que marca o início de um novo ano em diversas culturas, inclusive é nesse mês, bem próximo o dia da entrada da primavera, que começa o ano novo astrológico, que é quando o sol entra no signo de Áries. E também é geralmente o mês que se é comemorado a páscoa. E a páscoa está repleta de simbolismos e elementos que vem direto da celebração do equinócio de primavera. Pra quem se pergunta o porquê do coelhinho e dos ovos de páscoa presentes nela, o mito da deusa Ostara ou Eostre explica isso. Então vamos aos poucos destrinchar o que o Sabbat de Ostara nos tem a ensinar e a conhecer sobre ele.


 

O Solstício de Inverno e o Sabbat de Yule

 


No solstício de inverno, que no hemisfério sul acontece por volta de 21 de junho e no hemisfério norte 21 de dezembro, ocorre a festividade de Yule. Ele marca a ocorrência de um evento de extrema importância para muitas culturas, sendo este evento possuidor de uma carga simbólica muito forte. Tão forte a ponto de se refletir até hoje em nossa e diversas outras culturas do mundo moderno. Estou falando sobre o retorno do sol, ou utilizando a mitologia abordada aqui no blog sobre a Roda do Ano, o retorno/renascimento do deus Sol. Primeiramente, para entender o simbolismo do Sabbat de Yule é preciso entender como funciona um solstício.

Os solstícios são os pontos máximos de distância que o sol tem em relação à Terra. Enquanto que no solstício de verão, que se comemora o Sabbat Litha, temos o Sol no seu auge, ou seja, no ponto mais próximo da Terra, no solstício de inverno temos o sol no seu ponto mais distante dela. Nesse dia ocorre a noite mais longa do ano, e logo após ele, o sol retorna aos poucos e vai ganhando forças até atingir novamente seu ápice, dando assim continuidade ao movimento cíclico da Natureza.

Esse retorno do sol é simbolicamente representado em diversas culturas pelo nascimento da criança da promessa ou o nascimento da esperança, e a partir desse simbolismo se é criado mitos, ritos e festividades em torno deste evento de solstício de inverno. E nele, como já dito, celebra-se Yule.

Em tradições wiccas, honra-se o deus chifrudo nessa época, pois ele domina a parte escura da Roda do Ano, da qual Yule faz parte. E em muitas outras culturas era prestado o culto ao sol, pois o solstício de inverno marcava o nascimento dele.

Na atualidade existem diversas maneiras de celebrar o Sabbat de Yule, pois com o decorrer do tempo criou-se um sincretismo de diversas culturas do simbolismo da chegada do inverno, e com isso ele possui muitos elementos de diversos povos, e um exemplo claro disso é o natal, que incorporou muito das festividades de Yule, o que veremos mais à frente. Mas primeiro vamos ver um pouco dos mitos mais famosos no mundo em torno desse evento, que são relevantes para entender mais sobre esse Sabbat.

 

O Sabbat de Samhain

Texto revisado em 14/01/2023


O Sabbat de Samhain (pronuncia-se Sou En), é uma festividade pagã que tem origem com o povo celta e de seu antigo festival dos mortos. Para eles, Samhain marcava o início do ano novo e também o fim do verão, mas para compreender isso é preciso saber que para esse povo a noção de estações do ano como temos hoje não existia, o que eles compreendiam é que na natureza só existia o verão e inverno, portanto era na época desse Sabbat que ficava mais evidente o fim do verão, pois as noites eram mais longas em contraste com o dia, que ficava mais curto, os ventos frios se faziam mais presentes e quase não se via mais os verdes dos campos, mas sim o amarronzado das folhas por cair na terra.  



Samhain é comemorado tradicionalmente no hemisfério sul no dia 1º de maio e no hemisfério norte no dia 31 de outubro, lembrando, é claro, que não é fixo a data de comemoração dos Sabbats, eles podem ocorrer e serem comemorados próximo a essas datas segundo diferentes tradições. A data de 31 de outubro é bem famosa, pois é nesse dia que se comemora o Halloween, que tem origem a partir da festividade de Samhain, mas para chegar nesse ponto ainda há muita história. Continue lendo que chegaremos lá.   

O Sabbat de Mabon e o Equinócio de Outono

 

Chegado no equinócio de outono temos o Sabbat de Mabon, conhecido também como o Sabbat da segunda colheita. Aqui no hemisfério sul ele ocorre entre 20 e 21 de março, enquanto que no hemisfério norte entre 20 e 21 de setembro. E assim como no equinócio de primavera, em que se realiza o Sabbat de Ostara, nesta data ocorre um evento que só acontece duas vezes ao ano no dia dos equinócios: o dia e a noite possuem a mesma duração, ou seja, estão equilibrados, e o equilíbrio é uma das principais características a serem abordadas e trabalhadas em Mabon.



Depois dessa data as noites se tornam mais longas e os dias mais curtos, e a parte escura da Roda do Ano fica mais presente e evidente na natureza. Portanto, em Mabon temos o equilíbrio da Luz e Sombra, que simbolicamente também estão presentes em nosso ser, pois todos temos nosso lado de luz e de sombra. E é neste período em que podemos refletir sobre o equilíbrio desses aspectos duais em nossas vidas.  


Mabon é conhecido tradicionalmente como o festival da segunda colheita. Para os povos antigos isso significava que a fértil terra em breve pararia de dar as suas bênçãos, e a colheita cessaria, pois não haveria mais frutos a serem colhidos.

 

Durante o outono, o verde dos campos vai sumindo aos poucos, as folhas das árvores tomam um tom marrom e caem, o calor do sol já não é mais o mesmo e gradativamente o frio vai aumentando. A terra já não irá dar mais tantos frutos quanto antes durante o período do outono, mas no começo dele a abundância se faz presente, pois tudo o que se plantou está retornando fortemente. Esse era um período de prosperidade, no qual também se era dado graças a tudo o que foi e estava sendo dado pela mãe natureza.

Entrevista com Bernardo de Gregório


Esta é uma entrevista, esplêndida por sinal, com Bernardo de Gregório no programa Entre o Céu e a Terra feito pela TVBrasil. Nesse programa ele nos fala sobre temas que lidamos bastante no mundo do hermetismo. Os temas em específicos abordados são: o papel da mulher; ritos e rituais; origem e fim do mundo; deuses e panteões; símbolos e representações. E com isso Bernardo de Gregório nos conta de maneira bem didática e fascinante a origem do matriarcado, a adoração à deusa, a mulher como deidade, a revolução do patriarcado, a importância dos mitos e ritos, os ritos dionisíacos, o teatro, a origem do universo por meio do caos, deuses como as forças da natureza, Akhenaton e a criação do monoteísmo, a ideia abstrata de Deus, o inconsciente e raciocínio simbólico, Jung e os arquétipos, entre outras coisas magníficas.

Se tiver tempo veja, senão tiver arranje, pois além de ser gostoso de assistir ainda vale cada minuto do seu tempo.

Bernardo de Gregório é médico psiquiatra, especialista em Psiquiatria. Psicoterapeuta em Abordagem Integradora (Jung, Reich, Antroposofia, Existencialismo). Cursou filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Bernardo orienta e coordena diversos grupos de estudo e cursos sobre Psicologia Analítica (Jung), Simbolismo, Filosofia Grega e Universal, Mitologia Grega, Universal e Comparada há mais de 25 anos. 

O Sabbat de Lammas

Texto revisado em 11/01/2023

Lammas, também conhecido como Lughnasadh, é o Sabbat comemorado no meio do verão, entre solstício de verão e o equinócio de outono. No hemisfério norte este Sabbat é comemorado no dia 1º agosto, mas aqui no hemisfério sul é comumente comemorado entre 1 e 2 de fevereiro, e dependendo da vertente que segue para honrar a Roda do Ano, até depois. Nesta época o poder do deus sol ainda predomina, embora aos poucos ele vai diminuindo enquanto caminha em direção ao outono, ou simbolicamente, à morte. Aqui, ele está doando toda sua energia aos grãos para que eles se tornem os melhores na hora da colheita.

Lammas é conhecido por ser o Sabbat da primeira colheita. Aqui é hora de começar a colher o que se foi plantado durante os últimos meses da primavera. Ele é uma celebração para se comemorar os frutos do trabalho duro que tivemos de tudo aquilo que plantamos e hoje estamos cultivando. Comemorar a colheita que é resultado da dedicação, do amor, do cuidado e do empenho daquilo que resolvemos ter em nossas vidas. Aqui alcançamos a prosperidade tão esperada.

O Sabbat de Litha e o Solstício de Verão


Por volta de 21 a 23 de dezembro, no hemisfério sul, e 21 a 23 de junho, no hemisfério norte, ocorre o famoso solstício de verão. Esse é o dia em que o sol alcança seu auge, encontra-se em todo seu esplendor e poder, e é também o dia mais longo do ano. E nele se é comemorado o Sabbat de Litha. Para entender um pouquinho desse Sabbat é preciso voltar no tempo e ver como os povos antigos viam a chegada dessa estação, e com isso a mensagem que ele carrega.

 

A chegada do verão



Há muito tempo, no hemisfério norte, após o fim do inverno, que era limitante para a vida no campo, era a chegada da primavera, e com ela a oportunidade de voltar à vida ao ar livre novamente, de fazer viagens, iniciar atividades no comércio, realizar festivais, e o mais importante: preparar a plantação para colheita do próximo ano. Lembrando que os povos antigos eram uma sociedade voltada ao campo e à agricultura, e suas vidas eram voltadas para isso.

 

É na primavera que o solo vai começando a ficar próprio para plantio, e é quando ele começa a ser preparado para receber as sementes e os grãos que darão as futuras colheitas. Toda essa ideia do renascer da vida na natureza, da felicidade de voltar às atividades novamente e da fertilidade da terra é comemorado no Sabbat de Ostara.

 

Entre Ostara e Litha ocorre o Sabbat de Beltane, que é quando o sol começa a ganhar força, e nele as famosas fogueiras de Beltane são acesas para iluminar o caminho para o verão, e aqui o poder do sol se une com o da terra, o deus Sol se une com a deusa, a mãe natureza. E as sementes plantadas começam a ganhar força para crescerem.

 

E chegamos então no verão, quando o poder do sol é mais potente e a terra fértil está crescendo em vida. Os campos se encontram verdes e floridos e o calor do sol torna a vida energizante. Nele a plantação cresce com toda força, e é tratada com todo cuidado e atenção, pois a colheita do que foi plantado se aproxima.


Iluminação Neuronal


[...]é possível modificar aspectos específicos da consciência e, portanto, da personalidade como um todo. "As conexões no cérebro não são fixas. Isso quer dizer que ninguém precisa ser para sempre o que é hoje."


  

Por Ulrich Kraft

 

Vermelho, amarelo, verde. Diante das diferentes cores nas imagens de ressonância magnética funcional, Richard Davidson identifica as regiões do cérebro de seu voluntário que apresentam atividade significativa enquanto este tenta conduzir a própria mente ao estado conhecido como "compaixão incondicional". O tubo estreito do barulhento tomógrafo de ressonância magnética está, com certeza, entre os locais mais estranhos nos quais Matthieu Ricard já praticou essa forma de meditação, central na doutrina budista, nos seus mais de 30 anos de experiência. 

 

Para o francês, o papel de cobaia no laboratório de Davidson, na Universidade de Wisconsin, em Madison, é também uma viagem ao passado - a seu passado como cientista. Em 1972, aos 26 anos, Ricard obteve seu  doutorado em biologia molecular no renomado Instituto Pasteur, de Paris. Pesquisador iniciante, com futuro promissor pela frente, decidiu-se pela "ciência contemplativa". Viajou, então, para o Himalaia e passou a dedicar a vida ao budismo tibetano. Hoje, é monge do mosteiro Schechen, em Katmandu, escritor, fotógrafo e, na condição de tradutor, integrante do círculo mais próximo ao Dalai Lama. Ricard, no entanto, retornou à "ciência racional" porque Davidson queria saber que vestígios a meditação deixa no cérebro. 

 

Sem o Dalai Lama, é provável que a insólita colaboração entre o neuropsicólogo e o monge jamais tivesse acontecido. Há cinco anos, ao lado de outros pesquisadores, Davidson visitou o chefe espiritual do budismo tibetano em Dharmsala, local de seu exílio na Índia. Lá, discutiram animadamente as descobertas neurocientíficas mais recentes e, em particular, como surgem as emoções negativas no cérebro. Raiva, irritação, ódio, inveja, ciúme - para muitos budistas praticantes, essas são palavras desconhecidas. Eles enfrentam com serenidade e satisfação até mesmo o lado ruim da vida. "A meta suprema da meditação consiste em cultivar as qualidades humanas positivas. Então, vimos isso como algo que precisaríamos investigar com o auxílio das ferramentas modernas da ciência", conta Davidson.

 

Ele foi pioneiro nessa área, mas nomes importantes da pesquisa cerebral seguiram seus passos. Com auxílio da medição das ondas cerebrais e dos procedimentos de diagnóstico por imagem, os cientistas buscam descobrir o que nosso órgão do pensamento faz enquanto mergulhamos em contemplação interior. E os esforços já deram frutos. Os resultados dessa pesquisa high-tech, no entanto, dificilmente surpreenderiam o Dalai Lama, uma vez que não fazem senão comprovar o que os budistas praticantes vêm dizendo há 2.500 anos: a meditação e a disciplina mental conduzem a modificações fundamentais na sede do nosso espírito. 

Abra espaço para o novo! A limpeza de primavera

Texto revisado e reeditado em 10/01/2023

 

Texto de Zayin



A limpeza de primavera é uma famosa tradição em diversos países do mundo. Não se tem uma origem exata de quando ou onde surgiu, mas está presente em diversas culturas. Para os judeus, por exemplo, próximo ao período do Pessach, eles procuram fazer essa limpeza se livrando de todos chamêts, produtos fermentados que são proibidos durante esse período para seu povo.

Uma possível origem também que é dita viria do ano novo persa, o Irinian Nowruz, chamada de celebração Noruz. Ela ocorre há pelo menos 3000 anos estando ligada às raízes dos ritos e tradições do zoroastrismo, e é observada em diversos povos. É celebrada em todo o Irã e em países do Oriente Médio, e também em toda a Ásia Central. No primeiro dia de primavera é realizado o khooneh tekouni ou Khanetekani, expressão que significa “chacoalhar a casa”, no qual as casas são limpas e arrumadas durante os últimos dias de inverno para a chegada do novo ano e para dar boas-vindas à primavera.


Altar dedicado à celebração de Noruz


No hemisfério norte, a chegada da primavera ocorre durante o mês de março. Se observarmos essa chegada dentro do contexto de um povo, uma sociedade ou tribo que viveram há muitos anos, ela simbolizava o fim de um rigoroso inverno no qual as suas casas ficavam fechadas durante toda essa estação. Era um período que não havia plantio e nem colheita, e com o frio intenso do inverno, só bastava a esses povos ficarem no calor do interior de suas casas.

A Roda do Ano e os Sabbats



A vida é feita de ciclos. Com a Terra, Gaia, a Mãe Natureza, também não seria diferente. O semear, nascer, florescer, morrer, renascer, são ciclos inerentes na vida de todos e da Mãe Natureza em que vivemos. A Roda do Ano é a representação desses ciclos na natureza, mas que também conversam com nossas vidas, pois esses ciclos estão ligados ao mundo que nos cerca e ao nosso interior. E eles são divididos na Roda do Ano em 8 e são chamados de Sabbats.  

Os Sabbats são festividades pagãs antiquíssimas que carregam uma enorme energia em si, pois são lembrados e reforçados a cada ano que passa, além de coincidirem com excelentes pontos astrológicos. São comemorados por muitos bruxos e bruxas, mas não é exclusivo da religião Wicca. Desde tempos remotos o povo do campo realizava essas celebrações e cultuavam essas passagens da natureza com festividades, oferendas, cerimônias e muita devoção.

Em diversas culturas os Sabbats são representados por mitos e celebrações. Como exemplos disso temos diversos sincretismos religiosos com as festividades pagãs, que se mesclaram e estão presentes em algumas que temos hoje em dia. O natal, a páscoa, a fogueira de São João e algumas outras festividades presentes em outras culturas são exemplos desse sincretismo.

 

           

                             

Os 8 Sabbats são divididos em dois grupos: 4 Sabbats menores, realizados nos equinócios e solstícios; e 4 Sabbats maiores, realizados no meio de um equinócio/solstício e outro. Como eles seguem os ciclos da natureza, as datas que são comemorados diferem do hemisfério sul para o hemisfério norte. Então aqui no hemisfério sul enquanto temos o solstício de verão, lá no hemisfério norte temos o solstício de inverno.

 

As datas dos Sabbats 

As datas para realizar os Sabbats tecnicamente não são fixas, elas podem sim ser comemoradas na data que é estipulada normalmente, mas também podem ser celebrados alguns dias depois, e até mesmo seguindo o calendário astrológico quando o sol adentrar em um determinado signo.

As ondas cerebrais e seus efeitos


Os estudos relacionados às ondas cerebrais trouxeram e ainda trazem diversas descobertas e evolução nas áreas da ciência, medicina e tecnologia. Em 1924, Hans Berger, psiquiatra e neurologista, obtêm primeiro eletroencefalograma (EEG) humano, e após 5 anos de estudos com ele, em 1929, divulga sua pesquisa sobre as ondas cerebrais em humanos. Daquela época até hoje, estudos mostram existir 5 tipos básicos de ondas cerebrais presentes no cérebro humano: delta, teta, alfa, beta e gama.



Por meio de eletrodos fixados na região da cabeça ligados a uma máquina de EEG, sinais elétricos emitidos pela comunicação dos neurônios podem ser captados e convertidos para frequência HERTZ (Hz), indicando qual a predominância das ondas cerebrais presentes em diversas regiões do cérebro, e com isso diagnosticar possíveis doenças ou patologias como epilepsia, esquizofrenia e outros distúrbios cerebrais.



Mas além da possibilidade de poder descobrir essas doenças, os estudos das ondas cerebrais são capazes de mostrar em quais frequências o cérebro opera dependendo do seu estado de consciência como em vigília, relaxado, atento, desperto, meditando, em sono profundo, dentre outros. Com isso é possível traçar técnicas e métodos para o controle voluntário da predominância das ondas cerebrais que o indivíduo desejar. E qual a importância disso?

A importância da alteração voluntária da predominação de uma onda cerebral por outra é o benefício que isso traz em relação ao objetivo pessoal desejado para realização de uma tarefa. Mas primeiro é preciso entender o que cada onda cerebral faz ao cérebro. Abaixo você pode conferir um pouco mais sobre elas.

É hora de Sintonizar


Texto de Zayin



            Abordo neste texto um pouco sobre Sintonização. O que é e seu benefício para nossa vida. E trarei uma prática para que você possa a usar mais e se conectar com ela a qualquer momento quando precisar.


Primeiramente, o que quer dizer sintonizar? O que é SintonizaçãoSintonização é atingir aquele “estado de espírito” que muda a sua frequência vibracional atual para outra. Como quando se sai feliz depois de passar um tempinho com um amigo muito especial ou a alegria que se sente ao ver um bebê ou uma criança sorrindo. É aquele estado em que você se sente quando acaba de sair de uma sessão de cinema com um filme que mexeu contigo, ou quando põe música clássica para te ajudar a estudar, ou seja, é quando se consegue mudar digamos sua vibração interior por causa de algum acontecimento ou até mesmo por lembranças. E assim o seu estado vibracional fica direcionado para uma frequência específica da qual muda o seu estado interior no nível mental, emocional e até espiritual.


Sintonizar é atingir com sucesso o estado vibracional de sua escolha. 


Se parar para pensar, o que acontece quando você acorda e logo de cara te acontece algo ruim? Por exemplo, ao acordar bater com o dedinho do pé em algum lugar, quebrar um copo, se enrolar em casa por coisas inesperadas e se atrasar para o trabalho, e assim vai acontecendo uma coisa ruim atrás da outra e logo diz “Hoje o dia tá f*” ou “Hoje é meu dia de azar”. Se pergunte por que esses eventos ocorrem um atrás do outro.


Se pensou certo vai saber que é por causa da Sintonização. Ao acontecer algo ruim no começo do dia você fica vibrando no estado de irritação, raiva e impaciência. Tudo dá errado, e não é pra menos que uma sequência de coisas ruins vai acontecendo. E quando você se distrai com alguma coisa e muda seu estado vibracional de novo essas coisas param de acontecer e seu dia volta ao normal.


É como diz o axioma hermético “O que está em cima é como o que está embaixo e o que está embaixo é como o que está em cima”. Sintonize com algo bom e colha os bons frutos dessa Sintonização. Sintonize com algo ruim e bem... você já sabe.  

O domínio dos 4 elementos

Revisado em 03/10/2022

Texto de Zayin


“Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino”    - Carl G. Jung




Um erro que todos nós cometemos muitas vezes é não conhecer os padrões inconscientes pelos quais nos deixamos levar. E por conta disso tomamos decisões e atitudes que hão de ter consequências não agradáveis. O problema é ter a mania de chamarmos essas consequências de destino quando na verdade são resultado das escolhas que fazemos inconsciente.

 

Essa inconsciência vem do fato de não entendermos a fundo uma situação como um todo. Ao ver apenas uma parcela dela podemos tomar decisões sem analisar o que mais ela traz. E é aqui que entra os 4 elementos. Eles são trabalhados em nós para evitar essa inconsciência nas decisões de nossas vidas e o modo de levá-la. E nenhuma pessoa que não tenha o domínio dos 4 elementos em sua vida vai ter avanços significativos nela.

 

Só relembrando as correspondências dos 4 elementos:

 

Terra: Físico, material; o Plano/Corpo Físico

Ar: Mental, raciocínio, lógica; o Plano/Corpo Mental

Água: Emoção, inconsciente; o Plano/Corpo Emocional

Fogo: Espiritual, Vontade*; o Plano/Corpo Espiritual 

 

*a Vontade aqui será escrita com a letra V em maiúsculo, pois esta Vontade é uma força maior e diferente da força de um desejo. Entenda como a famosa Vontade de um mago. A força de um intento.


 *Para fins didáticos aqui, escolhi usar a associação fogo/espírito e ar/mental para tornar mais fácil a compreensão e por ser mais usualmente utilizado.


             Ao estudar ou ler sobre kabbalah você verá que se seguirmos um caminho ascendente na Árvore da Vida, começamos em Malkuth, a esfera do Plano Físico e também dos 4 elementos. Ou seja, ele tem como lição em nos fazer aprender o domínio deles se quisermos acessar Planos mais elevados de consciência.


Como ter o domínio dos 4 elementos?




A resposta é simples e pode soar até genérica: autoconhecimento. Mas pra ser mais objetivo aqui eu quis trazer uma série de questionamentos, afirmações e elucidações específicas para cada elemento nos quais você precisa ser sincero para responder, e isso te levará ao autoconhecimento necessário para se ter domínio dos 4 elementos.

 

Ao final você perceberá que tudo é um ciclo e que cada elemento está interligado um ao outro. Sabe quando você se encontra numa situação em que é preciso se afastar dela para enxergá-la como um todo? É assim que funciona o processo de trazer equilíbrio e harmonia para os 4 elementos em nossa vida. Caso tenha dificuldade para responder ou tentar achar uma solução para algum dos questionamentos abaixo continue lendo, pois em algum momento, em um Plano diferente você começará a entender onde está a resposta que quer achar.

 

Os questionamentos, afirmações e elucidações abaixo são uma síntese do que pude aprender em minha jornada. São ensinamentos que encontrei nos livros de psicologia, nos livros de autoajuda, nos ensinamentos das Ordens Iniciáticas que participo e de correntes místicas e religiosas que pude ter contato, até mesmo ensinamentos dos meus guias espirituais e entidades. Só peço que reflita profundamente e tente achar uma resposta para os questionamentos.

A busca pelo nosso Verdadeiro EU

Texto de Zayin

 

As pessoas estão buscando tanto o seu EU verdadeiro nos últimos tempos talvez por um motivo... elas nunca se sentiram tão perdidas quanto agora. Começamos a nos dar conta que esta máscara que criamos para o mundo está tomando conta do nosso ser, e que já tomou tanto conta que não sabemos mais o que somos e o que não somos. Entramos tanto no personagem que criamos para o mundo por causa do ego que esquecemos quem realmente somos. Mas você já soube algum dia quem era? Se souber, por que deixou de ser?

 

Há um livro muito bom que recomendo, e é essencial para quem busca a iluminação, e com isso digo autoconhecimento, que nos ajuda a enxergar o que vem de nossa Essência e do que vem do nosso Ego, O Poder do Agora de Eckhart Tollen. 

 

Quanto mais nos sentimos perdidos mais queremos buscar nosso Verdadeiro EU. Quanto mais nos tornamos espiritualizados mais queremos buscar nosso Verdadeiro EU. Mas o que é essa busca?

Treva e Luz, a batalha interna que travamos


Este é um texto que trata a respeito da Treva e da Luz, da escuridão em que vivemos e da Luz que buscamos para sair dela, e como esse processo pode ser ao mesmo tempo doloroso e recompensador. E por que as coisas se tornam difíceis quando começamos a buscar a Luz.



Texto de Zayin

 

Todos sabemos que quando começamos a trilhar nossa jornada espiritual e começamos pôr em prática as coisas que aprendemos nela, e assim começamos a nos lapidar, o famoso processo de transformar chumbo em ouro, principalmente quem está estudando ocultismo, parece que muitas coisas na vida começam a dar errado. Os mais medrosos e ignorantes dirão que é por estar mexendo com coisas do demônio, então eles fazem tudo dar errado (história pra boi dormir!). Há também os que culpam as Ordálias por tudo darem errado. Bem, as Ordálias são um mal necessário, não pense nelas como ruins, mas sim como ferramentas do Universo pra retirar o que não presta da sua vida. O que estou querendo dizer é que esse caminho de buscar a Luz não é um caminho fácil, pode ser doloroso no começo, na verdade, enquanto habitar Trevas na gente sempre será doloroso e quanto mais resistente formos às mudanças que irão ocorrer mais difícil ficará esse caminho. 


Para os buscadores de primeira viagem, aos iniciantes nesse meio e que caíram por aqui tenho que lhes dizer que muitas vezes vocês vão querer desistir. Fazendo uma referência ao filme Tropa de Elite, muitos “vão pedir pra sair” alguma hora. E é normal isso. Estamos há muito tempo nas Trevas, na completa escuridão. Ela já se tornou parte da gente e sem percebermos achamos que somos ela por estarmos acostumados a viver nela. Mas quando buscamos a Luz, as Trevas vão se dissipando aos poucos. Irá doer, pois de tanto estarmos acostumados a viver nela achamos que ela faz parte da gente. 


A Luz irá iluminar e nos mostrar o que sempre fomos, mas não éramos capazes de ver por viver na escuridão. Tudo o que for Trevas irá embora ao buscar a Luz. Tudo o que for falso na sua vida irá embora aos poucos. Esse é preço que você vai pagar! Aprender a lidar com a dor da perda do que achava que era importante para você.


O Blog

Este blog aborda temas sobre diversas áreas do Hermetismo, e mostra como encontramos nele uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal, de reencontro com nosso Eu Interior, com a natureza, e com a espiritualidade. Levando-nos assim rumo à Tiferet.

Procure aqui

Redes Sociais

Mais vistos da última semana

Curta a página