Texto revisado em 22/05/2022
Texto de
Zayin
Por ação do tempo todos os defeitos capitais foram
um pouco deturpados de seu significado original. A deturpação que foi feita na
Gula foi ela virar sinônimo de quem come muito, mais do que o necessário,
quando na verdade ela trata de todos os nossos excessos, não se estendendo
apenas ao lado da alimentação.
A Gula na verdade se estende também em outros
Planos, como o material, emocional, espiritual e intelectual, mas por conta
dessa deturpação nos é apresentado apenas o lado material, e a consequência disso
é pessoas sofrendo com o acúmulo de coisas desnecessárias. E em geral elas vão
entender a Gula apenas nesse campo, ou então apenas a entendendo como o excesso
de comer.
Há muitas pessoas que ao passarem por problemas
emocionais tentam achar um estado de torpor, de fuga ou de consolação nos
braços da Gula. É quase como um anestésico, apenas disfarça a dor, mas não a
cura. É necessário ter o controle sobre nossas emoções, e dar uma atenção
especial principalmente ao Corpo Emocional.
Quando as emoções tem domínio sobre nossas
vontades, sejam as emoções que nos fazem bem ou mal, e se assim nos deixarmos
levar por elas, o Corpo Emocional, dependendo do momento, situação e fatores,
pode aumentar a intensidade das emoções fazendo com que queiramos mais dela se
for boa ou menos se for negativa. E é justamente nesse espaço que abrimos que
desenvolvemos a Gula, ou seja, a vontade de ter mais ou de fugir se enchendo de
outras coisas para evitar o confronto, e isso a faz aparecer.
Tratar da Gula é analisar a nós mesmos e assim chegarmos à compreensão de todas as coisas que nos são desnecessárias e que possuímos em excesso. Além do campo material, a Gula se encaixa em muitos outros aspectos em que os excessos também podem surgir na forma de Gula Intelectual; o excesso de palavras de baixo calão; o acúmulo de coisas desnecessárias; consumir coisas por impulso por apenas querer; e até atitudes repetitivas das quais acaba não se tendo controle delas.