12 de fev. de 2021
3 de fev. de 2021
O Sabbat de Lammas
Texto revisado em 11/01/2023
Lammas,
também conhecido como Lughnasadh, é o Sabbat comemorado no meio do verão, entre
solstício de verão e o equinócio de outono. No hemisfério norte este Sabbat é
comemorado no dia 1º agosto, mas aqui no hemisfério sul é comumente comemorado
entre 1 e 2 de fevereiro, e dependendo da vertente que segue para honrar
a Roda do Ano, até depois. Nesta época o poder do
deus sol ainda predomina, embora aos poucos ele vai diminuindo enquanto caminha
em direção ao outono, ou simbolicamente, à morte. Aqui, ele está doando toda
sua energia aos grãos para que eles se tornem os melhores na hora da colheita.
Lammas
é conhecido por ser o Sabbat da primeira colheita. Aqui é hora de começar a
colher o que se foi plantado durante os últimos meses da primavera. Ele é uma
celebração para se comemorar os frutos do trabalho duro que tivemos de tudo aquilo
que plantamos e hoje estamos cultivando. Comemorar a colheita que é resultado
da dedicação, do amor, do cuidado e do empenho daquilo que resolvemos ter em
nossas vidas. Aqui alcançamos a prosperidade tão esperada.
31 de jan. de 2021
O Mago - O Poder de Realizar - Tarot
Texto revisado em 11/01/2023
Texto de Zayin
“Sob a
minha Vontade eu faço acontecer,
Pois aqui
em mim reside o poder.
O que eu
quiser, sei que posso ter,
Pois sou
habilidoso para fazer acontecer.
De minha
mente, ideias eu trago
E aqui as
realizo, pois eu sou O Mago.”
Já parou para pensar na ideia por trás do poder da
vontade? Quando uma ideia é pensada ela é trazida da mente e por meio de nós
ela se concretiza aqui neste Plano. Algo que até então pode não existir, mas
que somos capazes de criar, manifesta-se neste mundo pelo nosso simples querer,
uma vontade bem direcionada que conduz o nosso poder de realização.
Esse poder é fruto de nossa capacidade de fazer
algo, de criar, de mostrar nossas habilidades para a construção de uma ideia. O
poder de realizar as coisas que desejamos é uma expressão de nossa Vontade, e
assim como um mago, mostramos nossas incríveis capacidades de direcionar tudo o
que precisamos para a realização de nossos intentos.
O arcano I é O Mago, ele é o ser que tem as habilidades de realizar tudo o que deseja, pois tem domínio sobre os elementos ao seu redor e sabe conduzi-los com enorme maestria. E a chave para entender este arcano é justamente a maestria, ou seja, a capacidade e o poder de saber exatamente o que se faz e o que tem que fazer, e o Mago tem o perfeito domínio deles.
28 de jan. de 2021
Fim de atualização do blog
Com o fim
da atualização do blog, posso começar os trabalhos desse ano de 2021. Haverá
algumas novidades por aqui no decorrer dele, então aguardem...
E neste
ano, para mim, está na hora de subir um degrau a mais na vida e crescer. Esta
minha jornada com os ensinamentos do hermetismo, minha jornada Rumo à
Tiferet, me fizeram saber o que é preciso ser feito na minha vida e o que
consigo melhorar nela, e com isso, esse meu projeto de blog cresce junto, assim
como quero que todos aqui cresçam também.
Desejo um ótimo
ano a todos e que cada vez mais vocês encontrem a paz interior que existe aí
dentro de seus corações, e que tenham força e fé para trilhar os seus caminhos,
pois são ferramentas para te apoiar nos momentos mais difíceis.
Desenvolvam
suas virtudes e potenciais, sejam melhores, se esforcem, e se não forem capazes
de conquistar o que desejaram, saibam que não há problemas nisso, há sempre um
amanhã e um novo agora para tentar de novo. Saiba que o caminho espiritual não
é uma competição, então faça tudo a seu tempo.
E o que mais gostaria que conseguissem enxergar
mesmo ao caos e maldade que ronda este mundo, é que sejam capazes de enxergarem
a beleza por trás da vida, pois ela é muito mais do que as coisas ruins que
acontecem, e assim, sentirem a satisfação de viver essa existência para
desfrutar essa beleza que a vida nos proporciona. Um beijão no coração de cada
um de vocês.
No que
você acredita invista, persista e nunca desista! Rumo à Tiferet!
28 de dez. de 2020
O Louco - O Início de Nossas Jornadas - Tarot
Texto revisado em 11/01/2023
Aproveitando essa reta de final de ano
em que começamos a vislumbrar o começo de um novo ano e com ele o desejo de
novos inícios, renovando a esperança de que será um ano melhor e de que nossos
sonhos possam se realizar, aproveito para trazer um novo conteúdo aqui para o
blog. Com base em meus estudos e por textos feitos por mim, falarei diretamente
sobre cada arcano do tarot. E nada melhor do que começar um novo ano aprendendo
a se aventurar com o primeiro dos Arcanos Maiores, O Louco.
Texto de
Zayin
“Toda
jornada tem um início.
E pra todo
início de jornada existe um chamado.
Seja de uma intuição
Ou seja do coração.”
Começar algo novo é se permitir entrar numa aventura, e embora não se saiba exatamente o que nos aguarda nela, vamos assim mesmo. Com ou sem medo de entrar numa trilha desconhecida, ou que desperte nosso interesse, damos o primeiro passo rumo a uma nova direção, pois o velho já não serve mais. Algo novo nos chama, mesmo que não saibamos o que é esse algo, se permitir começar é a chave.
A
vida é repleta de fins e inícios, mas são os começos que nos enchem de
esperanças. Esperanças num futuro que conquistamos algo tão esperado, tão
querido, tão desejado. É preciso dar o primeiro passo a esse sonho, e mesmo que
eles possam parecer loucura, seja louco o suficiente para isso.
O
Arcano de número 0 é O Louco, o primeiro dos Arcanos Maiores. Ele é o andarilho
em busca de novas jornadas. É o impulso para iniciar novas coisas. Todo início
de jornada é um chamado para criação de algo, seja lá qual área for. Uma força
maior que você, podemos dizer até divina, é que te impulsiona a buscar coisas
novas, renovando assim a vida, pois continuar no mesmo é perecer. Aqui essa
força é o sopro divino que dá vida à criação.
20 de dez. de 2020
O Sabbat de Litha e o Solstício de Verão
Por
volta de 21 a 23 de dezembro, no hemisfério sul, e 21 a 23 de junho, no
hemisfério norte, ocorre o famoso solstício de verão. Esse é o dia em que o sol
alcança seu auge, encontra-se em todo seu esplendor e poder, e é também o dia
mais longo do ano. E nele se é comemorado o Sabbat de Litha. Para entender um
pouquinho desse Sabbat é preciso voltar no tempo e ver como os povos antigos
viam a chegada dessa estação, e com isso a mensagem que ele carrega.
A
chegada do verão
Há
muito tempo, no hemisfério norte, após o fim do inverno, que era limitante para
a vida no campo, era a chegada da primavera, e com ela a oportunidade de voltar
à vida ao ar livre novamente, de fazer viagens, iniciar atividades no comércio,
realizar festivais, e o mais importante: preparar a plantação para colheita do
próximo ano. Lembrando que os povos antigos eram uma sociedade voltada ao campo
e à agricultura, e suas vidas eram voltadas para isso.
É na
primavera que o solo vai começando a ficar próprio para plantio, e é quando ele
começa a ser preparado para receber as sementes e os grãos que darão as futuras
colheitas. Toda essa ideia do renascer da vida na natureza, da felicidade de
voltar às atividades novamente e da fertilidade da terra é comemorado no Sabbat de Ostara.
Entre
Ostara e Litha ocorre o Sabbat de Beltane, que é
quando o sol começa a ganhar força, e nele as famosas fogueiras de Beltane são
acesas para iluminar o caminho para o verão, e aqui o poder do sol se une com o
da terra, o deus Sol se une com a deusa, a mãe natureza. E as sementes
plantadas começam a ganhar força para crescerem.
E
chegamos então no verão, quando o poder do sol é mais potente e a terra fértil
está crescendo em vida. Os campos se encontram verdes e floridos e o calor do
sol torna a vida energizante. Nele a plantação cresce com toda força, e é
tratada com todo cuidado e atenção, pois a colheita do que foi plantado se
aproxima.
10 de dez. de 2020
Tiferet, A Nossa Essência Divina - Kabbalah Hermética
Título: Beleza; Harmonia (Tiferet; Tipharet; Tiphereth,
em hebraico: Tav, Peh, Aleph, Resh, Tav).
Imagem Mágica: Um rei majestoso. Uma criança. Um deus
sacrificado.
Localização na Árvore: No meio do Pilar do Equilíbrio
Planeta: Sol
Texto Yetzirático: O Sexto Caminho chama-se Inteligência Mediadora,
pois nele se multiplicam os influxos das emanações, fluindo essas influências
para todos os reservatórios das bênçãos com que se unem.
Títulos conferidos: Zoar Anpin, o Rosto Menor, Melekh, o
Rei, Adão, O Filho, O Homem
Nome Divino: YHVH Eloah Va Daath
Arcanjo: Rafael
Coro Angélico: Malachim, mensageiros
Qlippoth: Thagirion
Chakra Cósmico: Shemesh, o Sol
Chakra: Anahata
Experiência Espiritual: Visão da harmonia das coisas. Mistérios da
crucificação.
Virtude: Devoção à Grande Obra. Magnanimidade
Vício: Orgulho
Símbolos: O lámen, a Rosa-cruz, a cruz do Calvário, a
pirâmide truncada, o cubo, o hexagrama, Sagrado Anjo Guardião.
Arcanos do Tarot: Os quatro 6
6
de paus: Senhor da Vitória
6
de copas: Senhor do Prazer
6
de espadas: Senhor do Sucesso Merecido
6
de ouros: Senhor do Sucesso Material
Cor em Atziluth: Rosa-claro
Cor em Briah: Amarelo
Cor em Yetzirah: Rosa-salmão intenso
Cor em Assiah: Âmbar-dourado
No Reino Animal: Leão, pelicano, fênix
No Reino Mineral: Ouro(metal), diamante, topázio (gema).
No Reino Vegetal: Olíbano, girassol, acácia, videira, alecrim,
louro, freixo.
Corpos: o corpo mental superior
Correspondência no microcosmo: Coração
Número: 6
Algumas associações com deuses: Osíris, Amon Rá, Apolo, Dionísio, Hélios, Hércules,
Belenos, Mitra, Amaterasu, Buda, Jesus, Krishna, Oxalá.
Localizada
no centro da Árvore da Vida, no Pilar do Equilíbrio, temos a sexta esfera,
Tiferet. Ela é a esfera de nossa verdadeira essência, é o Eu Superior, é a
centelha divina em nós, é o ponto no qual nos ligamos com o Sagrado Anjo
Guardião (e também pode ser considerada ele próprio), é a esfera do objetivo de
vida, da Verdadeira Vontade, da Grande Obra, do vir a ser e se tornar, e é aqui
que os objetivos desta encarnação se encontram e se cumprem.
Tiferet
significa Beleza, Harmonia. A beleza aqui não é estética, mas sim o produto
final da perfeita harmonia e equilíbrio das esferas da Árvore da Vida em
Tiferet. Tanto que uma das Visões Espirituais atribuídas a ela é A
Visão da Harmonia das Coisas. Essa visão implica no saber de como
seguir e administrar com maestria os aspectos da sua vida para compor algo
grandioso, que também podem ser pequenas coisas que se desdobram em algo
grande, e quando juntar todas as peças, elas irão compor um todo, e quando
composto esse todo, ele mostrará uma beleza harmônica, que só se foi possível
conquistar com o devido equilíbrio de diversos aspectos envolvidos na sua
vida.
Um dos
símbolos que ajuda a trazer um maior entendimento sobre Tiferet é o Sol.
![]() |
O Sol é
a luz que nos ilumina, ele é o dador da vida, pois sem ele não a haveria. Ele é
o centro de nosso sistema solar, assim como Tiferet é o da Árvore da Vida. Na
astrologia ele está ligado ao Eu, à nossa essência, e Tiferet é a representação
dela. O Sol tem como virtude a Magnanimidade, que é a grandeza da alma, é ser
bom de coração, e ser magnânimo é ser como o Sol, irradia luz para todos ao seu
redor. Como defeito tem o Orgulho. Quero que
esqueça aqui a visão de que Orgulho é o senso de realização ou satisfação por
um acontecimento, mas que o enxergue como fonte de um ego que apenas quer se
sentir bem mostrando suas conquistas aos outros, e Tiferet é o caminho
contrário do ego. As obras realizadas em comunhão com sua essência, com seu
Sagrado Anjo Guardião, não são feitas pelo ego ou pra se sentir orgulho, elas
são obras que manifestam o divino e seu lado divino aqui neste Plano de Malkuth. A Qlippoth, a
casca da Árvore da Morte, que é contrária à Tiferet é Thagirion, o sol negro.
“[...] o Eu Superior é desligado da
personalidade encarnada, deixando esta sem seu elemento espiritual central
diretor e organizador. O indivíduo é então arremessado no mundo dos miseráveis
prazeres da ostentação, do envaidecimento extremo, do egoísmo infundado e do
egocentrismo.”
– A Cabala Draconiana, Adriano Camargo
O
ouro é um dos metais que estão ligados à Tiferet, e ele é também associado ao
Sol, talvez por conta de sua pureza. Na alquimia a expressão “transformar
chumbo em ouro” é simbólica, pois o ouro na verdade é a representação do
verdadeiro Eu, ou até mesmo as riquezas do verdadeiro Eu. Outras pedras
associadas à Tiferet são o topázio e o diamante amarelo. Crowley no Liber 777
diz que o topázio é o ouro do sol e que o diamante amarelo sugere o reflexo de
Kether em Tiferet.
No
desenho da Árvore da Vida, cada esfera está estrategicamente colocada num ponto
em que sua posição nos traz a luz para compreensão delas e de seus caminhos, e
por Tiferet estar localizada no meio dela, pode-se começar a compreender melhor
essa esfera a partir disso.
24 de nov. de 2020
Iluminação Neuronal
[...]é possível modificar aspectos específicos da consciência e,
portanto, da personalidade como um todo. "As conexões no cérebro não são
fixas. Isso quer dizer que ninguém precisa ser para sempre o que é hoje."
Por Ulrich Kraft
Vermelho,
amarelo, verde. Diante das diferentes cores nas imagens de ressonância
magnética funcional, Richard Davidson identifica as regiões do cérebro de seu
voluntário que apresentam atividade significativa enquanto este tenta conduzir
a própria mente ao estado conhecido como "compaixão incondicional". O
tubo estreito do barulhento tomógrafo de ressonância magnética está, com
certeza, entre os locais mais estranhos nos quais Matthieu Ricard já praticou
essa forma de meditação, central na doutrina budista, nos seus mais de 30 anos
de experiência.
Para o
francês, o papel de cobaia no laboratório de Davidson, na Universidade de
Wisconsin, em Madison, é também uma viagem ao passado - a seu passado como
cientista. Em 1972, aos 26 anos, Ricard obteve seu doutorado em
biologia molecular no renomado Instituto Pasteur, de Paris. Pesquisador
iniciante, com futuro promissor pela frente, decidiu-se pela "ciência
contemplativa". Viajou, então, para o Himalaia e passou a dedicar a vida
ao budismo tibetano. Hoje, é monge do mosteiro Schechen, em Katmandu, escritor,
fotógrafo e, na condição de tradutor, integrante do círculo mais próximo ao
Dalai Lama. Ricard, no entanto, retornou à "ciência racional" porque
Davidson queria saber que vestígios a meditação deixa no cérebro.
Sem o Dalai Lama, é provável que a insólita
colaboração entre o neuropsicólogo e o monge jamais tivesse acontecido. Há
cinco anos, ao lado de outros pesquisadores, Davidson visitou o chefe
espiritual do budismo tibetano em Dharmsala, local de seu exílio na Índia. Lá,
discutiram animadamente as descobertas neurocientíficas mais recentes e, em
particular, como surgem as emoções negativas no cérebro. Raiva, irritação,
ódio, inveja, ciúme - para muitos budistas praticantes, essas são palavras
desconhecidas. Eles enfrentam com serenidade e satisfação até mesmo o lado ruim
da vida. "A meta suprema da meditação consiste em cultivar as qualidades
humanas positivas. Então, vimos isso como algo que precisaríamos investigar com
o auxílio das ferramentas modernas da ciência", conta Davidson.
Ele foi pioneiro nessa área, mas nomes importantes da pesquisa cerebral seguiram seus passos. Com auxílio da medição das ondas cerebrais e dos procedimentos de diagnóstico por imagem, os cientistas buscam descobrir o que nosso órgão do pensamento faz enquanto mergulhamos em contemplação interior. E os esforços já deram frutos. Os resultados dessa pesquisa high-tech, no entanto, dificilmente surpreenderiam o Dalai Lama, uma vez que não fazem senão comprovar o que os budistas praticantes vêm dizendo há 2.500 anos: a meditação e a disciplina mental conduzem a modificações fundamentais na sede do nosso espírito.