O Sabbat de Litha e o Solstício de Verão


Por volta de 21 a 23 de dezembro, no hemisfério sul, e 21 a 23 de junho, no hemisfério norte, ocorre o famoso solstício de verão. Esse é o dia em que o sol alcança seu auge, encontra-se em todo seu esplendor e poder, e é também o dia mais longo do ano. E nele se é comemorado o Sabbat de Litha. Para entender um pouquinho desse Sabbat é preciso voltar no tempo e ver como os povos antigos viam a chegada dessa estação, e com isso a mensagem que ele carrega.

 

A chegada do verão



Há muito tempo, no hemisfério norte, após o fim do inverno, que era limitante para a vida no campo, era a chegada da primavera, e com ela a oportunidade de voltar à vida ao ar livre novamente, de fazer viagens, iniciar atividades no comércio, realizar festivais, e o mais importante: preparar a plantação para colheita do próximo ano. Lembrando que os povos antigos eram uma sociedade voltada ao campo e à agricultura, e suas vidas eram voltadas para isso.

 

É na primavera que o solo vai começando a ficar próprio para plantio, e é quando ele começa a ser preparado para receber as sementes e os grãos que darão as futuras colheitas. Toda essa ideia do renascer da vida na natureza, da felicidade de voltar às atividades novamente e da fertilidade da terra é comemorado no Sabbat de Ostara.

 

Entre Ostara e Litha ocorre o Sabbat de Beltane, que é quando o sol começa a ganhar força, e nele as famosas fogueiras de Beltane são acesas para iluminar o caminho para o verão, e aqui o poder do sol se une com o da terra, o deus Sol se une com a deusa, a mãe natureza. E as sementes plantadas começam a ganhar força para crescerem.

 

E chegamos então no verão, quando o poder do sol é mais potente e a terra fértil está crescendo em vida. Os campos se encontram verdes e floridos e o calor do sol torna a vida energizante. Nele a plantação cresce com toda força, e é tratada com todo cuidado e atenção, pois a colheita do que foi plantado se aproxima.


Tiferet, A Nossa Essência Divina - Kabbalah Hermética

Texto revisado em 10/01/2023


Título: Beleza; Harmonia (Tiferet; Tipharet; Tiphereth, em hebraico: Tav, Peh, Aleph, Resh, Tav).

Imagem Mágica: Um rei majestoso. Uma criança. Um deus sacrificado.

Localização na Árvore: No meio do Pilar do Equilíbrio

Planeta: Sol

Texto Yetzirático: O Sexto Caminho chama-se Inteligência Mediadora, pois nele se multiplicam os influxos das emanações, fluindo essas influências para todos os reservatórios das bênçãos com que se unem.

Títulos conferidos:  Zoar Anpin, o Rosto Menor, Melekh, o Rei, Adão, O Filho, O Homem

Nome Divino: YHVH Eloah Va Daath

Arcanjo: Rafael

Coro Angélico: Malachim, mensageiros

Qlippoth: Thagirion

Chakra Cósmico: Shemesh, o Sol

Chakra: Anahata

Experiência Espiritual: Visão da harmonia das coisas. Mistérios da crucificação.

Virtude: Devoção à Grande Obra. Magnanimidade

Vício: Orgulho

Símbolos: O lámen, a Rosa-cruz, a cruz do Calvário, a pirâmide truncada, o cubo, o hexagrama, Sagrado Anjo Guardião.

Arcanos do Tarot: Os quatro 6

            6 de paus: Senhor da Vitória

            6 de copas: Senhor do Prazer

            6 de espadas: Senhor do Sucesso Merecido

            6 de ouros: Senhor do Sucesso Material

Cor em Atziluth: Rosa-claro

Cor em Briah: Amarelo

Cor em Yetzirah: Rosa-salmão intenso

Cor em Assiah: Âmbar-dourado

No Reino Animal: Leão, pelicano, fênix

No Reino Mineral: Ouro(metal), diamante, topázio (gema).

No Reino Vegetal: Olíbano, girassol, acácia, videira, alecrim, louro, freixo.

Corpos: o corpo mental superior

Correspondência no microcosmo: Coração

Número: 6

Algumas associações com deuses: Osíris, Amon Rá, Apolo, Dionísio, Hélios, Hércules, Belenos, Mitra, Amaterasu, Buda, Jesus, Krishna, Oxalá.

 

Localizada no centro da Árvore da Vida, no Pilar do Equilíbrio, temos a sexta esfera, Tiferet. Ela é a esfera de nossa verdadeira essência, é o Eu Superior, é a centelha divina em nós, é o ponto no qual nos ligamos com o Sagrado Anjo Guardião (e também pode ser considerada ele próprio), é a esfera do objetivo de vida, da Verdadeira Vontade, da Grande Obra, do vir a ser e se tornar, e é aqui que os objetivos desta encarnação se encontram e se cumprem.


Tiferet significa Beleza, Harmonia. A beleza aqui não é estética, mas sim o produto final da perfeita harmonia e equilíbrio das esferas da Árvore da Vida em Tiferet. Tanto que uma das Visões Espirituais atribuídas a ela é A Visão da Harmonia das Coisas. Essa visão implica no saber de como seguir e administrar com maestria os aspectos da sua vida para compor algo grandioso, que também podem ser pequenas coisas que se desdobram em algo grande, e quando juntar todas as peças, elas irão compor um todo, e quando composto esse todo, ele mostrará uma beleza harmônica, que só se foi possível conquistar com o devido equilíbrio de diversos aspectos envolvidos na sua vida. 


Um dos símbolos que ajuda a trazer um maior entendimento sobre Tiferet é o Sol.




O Sol é a luz que nos ilumina, ele é o dador da vida, pois sem ele não a haveria. Ele é o centro de nosso sistema solar, assim como Tiferet é o da Árvore da Vida. Na astrologia ele está ligado ao Eu, à nossa essência, e Tiferet é a representação dela. O Sol tem como virtude a Magnanimidade, que é a grandeza da alma, é ser bom de coração, e ser magnânimo é ser como o Sol, irradia luz para todos ao seu redor. Como defeito tem o Orgulho. Quero que esqueça aqui a visão de que Orgulho é o senso de realização ou satisfação por um acontecimento, mas que o enxergue como fonte de um ego que apenas quer se sentir bem mostrando suas conquistas aos outros, e Tiferet é o caminho contrário do ego. As obras realizadas em comunhão com sua essência, com seu Sagrado Anjo Guardião, não são feitas pelo ego ou pra se sentir orgulho, elas são obras que manifestam o divino e seu lado divino aqui neste Plano de Malkuth. A Qlippoth, a casca da Árvore da Morte, que é contrária à Tiferet é Thagirion, o sol negro.


“[...] o Eu Superior é desligado da personalidade encarnada, deixando esta sem seu elemento espiritual central diretor e organizador. O indivíduo é então arremessado no mundo dos miseráveis prazeres da ostentação, do envaidecimento extremo, do egoísmo infundado e do egocentrismo.”     – A Cabala Draconiana, Adriano Camargo

O ouro é um dos metais que estão ligados à Tiferet, e ele é também associado ao Sol, talvez por conta de sua pureza. Na alquimia a expressão “transformar chumbo em ouro” é simbólica, pois o ouro na verdade é a representação do verdadeiro Eu, ou até mesmo as riquezas do verdadeiro Eu. Outras pedras associadas à Tiferet são o topázio e o diamante amarelo. Crowley no Liber 777 diz que o topázio é o ouro do sol e que o diamante amarelo sugere o reflexo de Kether em Tiferet.


 

No desenho da Árvore da Vida, cada esfera está estrategicamente colocada num ponto em que sua posição nos traz a luz para compreensão delas e de seus caminhos, e por Tiferet estar localizada no meio dela, pode-se começar a compreender melhor essa esfera a partir disso.

Iluminação Neuronal


[...]é possível modificar aspectos específicos da consciência e, portanto, da personalidade como um todo. "As conexões no cérebro não são fixas. Isso quer dizer que ninguém precisa ser para sempre o que é hoje."


  

Por Ulrich Kraft

 

Vermelho, amarelo, verde. Diante das diferentes cores nas imagens de ressonância magnética funcional, Richard Davidson identifica as regiões do cérebro de seu voluntário que apresentam atividade significativa enquanto este tenta conduzir a própria mente ao estado conhecido como "compaixão incondicional". O tubo estreito do barulhento tomógrafo de ressonância magnética está, com certeza, entre os locais mais estranhos nos quais Matthieu Ricard já praticou essa forma de meditação, central na doutrina budista, nos seus mais de 30 anos de experiência. 

 

Para o francês, o papel de cobaia no laboratório de Davidson, na Universidade de Wisconsin, em Madison, é também uma viagem ao passado - a seu passado como cientista. Em 1972, aos 26 anos, Ricard obteve seu  doutorado em biologia molecular no renomado Instituto Pasteur, de Paris. Pesquisador iniciante, com futuro promissor pela frente, decidiu-se pela "ciência contemplativa". Viajou, então, para o Himalaia e passou a dedicar a vida ao budismo tibetano. Hoje, é monge do mosteiro Schechen, em Katmandu, escritor, fotógrafo e, na condição de tradutor, integrante do círculo mais próximo ao Dalai Lama. Ricard, no entanto, retornou à "ciência racional" porque Davidson queria saber que vestígios a meditação deixa no cérebro. 

 

Sem o Dalai Lama, é provável que a insólita colaboração entre o neuropsicólogo e o monge jamais tivesse acontecido. Há cinco anos, ao lado de outros pesquisadores, Davidson visitou o chefe espiritual do budismo tibetano em Dharmsala, local de seu exílio na Índia. Lá, discutiram animadamente as descobertas neurocientíficas mais recentes e, em particular, como surgem as emoções negativas no cérebro. Raiva, irritação, ódio, inveja, ciúme - para muitos budistas praticantes, essas são palavras desconhecidas. Eles enfrentam com serenidade e satisfação até mesmo o lado ruim da vida. "A meta suprema da meditação consiste em cultivar as qualidades humanas positivas. Então, vimos isso como algo que precisaríamos investigar com o auxílio das ferramentas modernas da ciência", conta Davidson.

 

Ele foi pioneiro nessa área, mas nomes importantes da pesquisa cerebral seguiram seus passos. Com auxílio da medição das ondas cerebrais e dos procedimentos de diagnóstico por imagem, os cientistas buscam descobrir o que nosso órgão do pensamento faz enquanto mergulhamos em contemplação interior. E os esforços já deram frutos. Os resultados dessa pesquisa high-tech, no entanto, dificilmente surpreenderiam o Dalai Lama, uma vez que não fazem senão comprovar o que os budistas praticantes vêm dizendo há 2.500 anos: a meditação e a disciplina mental conduzem a modificações fundamentais na sede do nosso espírito. 

O Caibalion



“Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento.” - O Caibalion

 

O Caibalion é um livro que todo estudante das ciências herméticas deveria já ter tido contato. Imagino que uma parcela expressiva das pessoas que estudam hermetismo ou coisa esotéricas em geral já devem ter tido contato com ele. Para quem nunca o leu ou nunca ouviu falar dele, esse livro trata dos princípios herméticos, ou leis herméticas, que falam sobre as leis que o universo segue para a criação e existência das coisas nele. Os ensinamentos do livro são atribuídos a Hermes Trimegistos.

O Caibalion é um estudo sobre as leis herméticas, apresentado por autores que preferiram não se revelarem e se intitularam como “Os Três iniciados”, e segundo a eles o intuito do livro é “colocar nas mãos do estudante a Chave-Mestra com que possa abrir todas as portas internas que conduzem ao Templo do Mistério cujos portais já entrou”. Ou seja, dar ao estudante o conhecimento para que ele possa compreender o universo que vive.

Entre razões e emoções - Peh, o 27º Caminho - Kabbalah Hermética

Texto revisado em 10/01/2023


Letra Peh em hebraico


Título: A criança conquistadora

Inteligência: Inteligência Ativa ou Excitante

Localização: Entre Netzach e Hod

Significado: Boca

Valor Gemátrico: 80 ou 800

Anjo: Malkiel

Qliphot: Parfaxitas

Cor: Vermelho

Incenso: Pimenta, tabaco

Animais: Urso, cavalo, lobo, javali

Pedras: Rubi e pedras vermelhas

Plantas: Absinto, arruda

Árvores: Carvalho

Correlação: Marte

Correspondência no corpo humano: Sistema muscular

Tarot: A Torre

Símbolos: Espada

Rituais: Inspiração, destruição do ego

 

Entre as esferas de Netzach Hod está localizado o 27º Caminho: Peh. Aqui temos a razão e emoção, a mente racional e a mente intuitiva, o intelecto e as emoções superiores trabalhando juntos criando uma verdadeira harmonia para construção daquilo que é verdadeiro e real, sem pender muito para o lado emocional ou para o lado lógico, encontra-se aqui o ponto de equilíbrio dessas duas forças.

O caminho de Peh


A divagação da mente e os descontroles emocionais aqui em Peh são dominados, dando-nos condições de poder ver e viver a realidade das coisas como realmente são, sem falsidades, pois às vezes a realidade a qual vivemos e acreditamos é obscurecida por nossos próprios pensamentos, concepções e visões errôneas. Uma falsa e frágil estrutura que erguemos para sustentar a forma que lidamos com a vida, que quando posto à prova pelas forças de Hod e Netzach , concentradas no caminho de Peh, não se mantêm, pois sobra somente aquilo que é real para a vida que deseja seguir.

        “O equilíbrio entre a mente superior intuitiva e o intelecto, que resulta na propagação da palavra divina (Logos), pode revelar a verdade, ou parte da verdade, despida de artificialidades e limitações equivocadas do ego. A revelação da verdade “destrói” a própria personalidade ilusória do indivíduo e toda confusão que oprimia sua mente” - A Cabala Draconiana

Até aqui, pela subida da Árvore da Vida, os caminhos abordavam a Personalidade, o Eu Inferior. Acima do 27º caminho estão os da Individualidade, do Eu Superior. Isso significa que, aqui em Peh, a nossa personalidade e ego são submetidos à transmutação para se chegar ou ter contato com a nossa Individualidade, ou seja, o que é falso, o que não agrega, o que é ilusão, irá ruir para um bem maior e assim poder ascender na Árvore da Vida.

A esfera de Tiferet, o Eu Superior, está logo acima desse caminho, e assim o contato com essa força, com esse seu Eu, só é possível retirando tudo aquilo que não pertence a ele, pois a nossa atual Personalidade, o Ser encarnado que somos, precisa ter uma base forte para receber as forças que emanam de Tiferet.

 

 

O amor é parte de você

 

“A verdade é que não foi uma ilusão e você também não perdeu nada. Esse algo valioso é parte de seu estado natural.”

 


Ao olharmos para o passado podemos ter uma visão de que certas coisas que vivemos com alguém foram ilusões. Ilusões no sentido de que as certezas que tínhamos sobre um sentimento gerado por momentos especiais com alguém se desdobraria num belo futuro com a pessoa. E no fim esse futuro não aconteceu, e assim acredita que tudo o que foi vivido foi um engano, que os sentimentos que sentiu foram baseados em ilusões de uma expectativa não atendida, de um sonho que não se realizou.



Acreditando que os sentimentos que você sentiu ou que sentiram por você eram ilusões, que tudo passou de um engano, passa a viver a vida tendo a certeza de que aqueles momentos não foram reais, que não eram verdadeiros, pois como a força de algo verdadeiro poderia acabar fácil?! 



Mas será que o amor, a paz e a alegria que sentimos nessas ocasiões também foram ilusões? O que sentimos foi real? 

 

Você é o reflexo do mundo que as pessoas veem


Texto publicado em 05/07/2017


Texto de Zayin

 

Disseram-me que o mundo é cruel. Já ouviu isso? Pois bem, é tudo MENTIRA! O mundo é apenas o mundo, e o que o faz ser como ele é somos nós seres viventes. Então poderia dizer que nós que somos cruéis, mas isso não é totalmente verdade. Dentro de nós há o potencial para sermos bons ou maus, para agirmos com bondade ou crueldade, com amor ou com ódio. É tudo POTENCIAL para ser. E somos nós que decidimos como iremos agir perante algo.


Se alguém vê o mundo de forma cruel é porque as pessoas ao redor dela querem agir assim. Se o mundo é cruel para você é porque as pessoas agem assim. Se o mundo é cruel para elas é porque você também age assim. Você é o reflexo do mundo que as pessoas veem. Então mude a forma como ela vê o mundo mudando a si mesmo, usando o potencial que você tem para ser melhor. E assim aos poucos tentarmos mudar o Inconsciente Coletivo que nos torna tão desesperançosos e desconfiados com esse mundo. Vamos ser melhores para que as pessoas e o mundo também sejam melhores.


O Blog

Este blog aborda temas sobre diversas áreas do Hermetismo, e mostra como encontramos nele uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal, de reencontro com nosso Eu Interior, com a natureza, e com a espiritualidade. Levando-nos assim rumo à Tiferet.

Procure aqui

Redes Sociais

Mais vistos da última semana

Curta a página