O Caibalion



“Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento.” - O Caibalion

 

O Caibalion é um livro que todo estudante das ciências herméticas deveria já ter tido contato. Imagino que uma parcela expressiva das pessoas que estudam hermetismo ou coisa esotéricas em geral já devem ter tido contato com ele. Para quem nunca o leu ou nunca ouviu falar dele, esse livro trata dos princípios herméticos, ou leis herméticas, que falam sobre as leis que o universo segue para a criação e existência das coisas nele. Os ensinamentos do livro são atribuídos a Hermes Trimegistos.

O Caibalion é um estudo sobre as leis herméticas, apresentado por autores que preferiram não se revelarem e se intitularam como “Os Três iniciados”, e segundo a eles o intuito do livro é “colocar nas mãos do estudante a Chave-Mestra com que possa abrir todas as portas internas que conduzem ao Templo do Mistério cujos portais já entrou”. Ou seja, dar ao estudante o conhecimento para que ele possa compreender o universo que vive.

Entre razões e emoções - Peh, o 27º Caminho - Kabbalah Hermética

Texto revisado em 10/01/2023


Letra Peh em hebraico


Título: A criança conquistadora

Inteligência: Inteligência Ativa ou Excitante

Localização: Entre Netzach e Hod

Significado: Boca

Valor Gemátrico: 80 ou 800

Anjo: Malkiel

Qliphot: Parfaxitas

Cor: Vermelho

Incenso: Pimenta, tabaco

Animais: Urso, cavalo, lobo, javali

Pedras: Rubi e pedras vermelhas

Plantas: Absinto, arruda

Árvores: Carvalho

Correlação: Marte

Correspondência no corpo humano: Sistema muscular

Tarot: A Torre

Símbolos: Espada

Rituais: Inspiração, destruição do ego

 

Entre as esferas de Netzach Hod está localizado o 27º Caminho: Peh. Aqui temos a razão e emoção, a mente racional e a mente intuitiva, o intelecto e as emoções superiores trabalhando juntos criando uma verdadeira harmonia para construção daquilo que é verdadeiro e real, sem pender muito para o lado emocional ou para o lado lógico, encontra-se aqui o ponto de equilíbrio dessas duas forças.

O caminho de Peh


A divagação da mente e os descontroles emocionais aqui em Peh são dominados, dando-nos condições de poder ver e viver a realidade das coisas como realmente são, sem falsidades, pois às vezes a realidade a qual vivemos e acreditamos é obscurecida por nossos próprios pensamentos, concepções e visões errôneas. Uma falsa e frágil estrutura que erguemos para sustentar a forma que lidamos com a vida, que quando posto à prova pelas forças de Hod e Netzach , concentradas no caminho de Peh, não se mantêm, pois sobra somente aquilo que é real para a vida que deseja seguir.

        “O equilíbrio entre a mente superior intuitiva e o intelecto, que resulta na propagação da palavra divina (Logos), pode revelar a verdade, ou parte da verdade, despida de artificialidades e limitações equivocadas do ego. A revelação da verdade “destrói” a própria personalidade ilusória do indivíduo e toda confusão que oprimia sua mente” - A Cabala Draconiana

Até aqui, pela subida da Árvore da Vida, os caminhos abordavam a Personalidade, o Eu Inferior. Acima do 27º caminho estão os da Individualidade, do Eu Superior. Isso significa que, aqui em Peh, a nossa personalidade e ego são submetidos à transmutação para se chegar ou ter contato com a nossa Individualidade, ou seja, o que é falso, o que não agrega, o que é ilusão, irá ruir para um bem maior e assim poder ascender na Árvore da Vida.

A esfera de Tiferet, o Eu Superior, está logo acima desse caminho, e assim o contato com essa força, com esse seu Eu, só é possível retirando tudo aquilo que não pertence a ele, pois a nossa atual Personalidade, o Ser encarnado que somos, precisa ter uma base forte para receber as forças que emanam de Tiferet.

 

 

O amor é parte de você

 

“A verdade é que não foi uma ilusão e você também não perdeu nada. Esse algo valioso é parte de seu estado natural.”

 


Ao olharmos para o passado podemos ter uma visão de que certas coisas que vivemos com alguém foram ilusões. Ilusões no sentido de que as certezas que tínhamos sobre um sentimento gerado por momentos especiais com alguém se desdobraria num belo futuro com a pessoa. E no fim esse futuro não aconteceu, e assim acredita que tudo o que foi vivido foi um engano, que os sentimentos que sentiu foram baseados em ilusões de uma expectativa não atendida, de um sonho que não se realizou.



Acreditando que os sentimentos que você sentiu ou que sentiram por você eram ilusões, que tudo passou de um engano, passa a viver a vida tendo a certeza de que aqueles momentos não foram reais, que não eram verdadeiros, pois como a força de algo verdadeiro poderia acabar fácil?! 



Mas será que o amor, a paz e a alegria que sentimos nessas ocasiões também foram ilusões? O que sentimos foi real? 

 

Você é o reflexo do mundo que as pessoas veem


Texto publicado em 05/07/2017


Texto de Zayin

 

Disseram-me que o mundo é cruel. Já ouviu isso? Pois bem, é tudo MENTIRA! O mundo é apenas o mundo, e o que o faz ser como ele é somos nós seres viventes. Então poderia dizer que nós que somos cruéis, mas isso não é totalmente verdade. Dentro de nós há o potencial para sermos bons ou maus, para agirmos com bondade ou crueldade, com amor ou com ódio. É tudo POTENCIAL para ser. E somos nós que decidimos como iremos agir perante algo.


Se alguém vê o mundo de forma cruel é porque as pessoas ao redor dela querem agir assim. Se o mundo é cruel para você é porque as pessoas agem assim. Se o mundo é cruel para elas é porque você também age assim. Você é o reflexo do mundo que as pessoas veem. Então mude a forma como ela vê o mundo mudando a si mesmo, usando o potencial que você tem para ser melhor. E assim aos poucos tentarmos mudar o Inconsciente Coletivo que nos torna tão desesperançosos e desconfiados com esse mundo. Vamos ser melhores para que as pessoas e o mundo também sejam melhores.


Sua Estrela Guia - Tzaddi, o 28º Caminho - Kabbalah Hermética


Letra hebraica Tzaddi



Título: O governante

Inteligência: Inteligência Natural

Localização: Entre Netzach e Yesod

Significado: Anzol

Valor Gemátrico: 90 ou 900

Anjo: Malkiel

Qliphot: Tzuflifu

Cor: Violeta

Incenso: Gálbano

Animais: Pavão, águia

Seres Lendários: Ninfas, loreleis, sereias

Pedras: Vidro, calcedônia

Plantas: Oliveira, coco

Árvores: Sabugueiro

Correlação: Aquário

Correspondência no corpo humano: Rins e bexiga

Tarot: A Estrela

Poderes: Astrologia, oráculos

Símbolos: Incensário, incenso



O 28º Caminho é Tzaddi, une as emoções e inspirações de Netzach à intuição, imaginação e fundamento de Yesod. Aqui a emoção é fundamentada por uma inspiração mais elevada. É o vir a ser, vir a se tornar. É um sentimento que não pode ser intelectualizado, mas apenas sentido. É o sentimento daquilo que nos toca por dentro. É a estrela que te guia pelo caminho das emoções que de algum jeito lhe inspira a ir por elas, e que também mexe com sua fé. E atente-se que fé não existe apenas no contexto religioso. Entenda ela aqui como a crença em algo que não intelectualizamos e sim apenas intuímos.

Por que Tzaddi mexe com nossa fé e com nossa intuição? Qual o porquê disso?

Netzach tem uma ligação direta com a esfera de Tiferet, a esfera do Eu Superior, de nossa verdadeira essência, do Sagrado Anjo Guardião (SAG), em essência é a esfera do nosso objetivo de vida do vir a fazer e se tornar. Logo, Netzach, recebe as emanações de Tiferet, e por meio das emoções, fé e inspirações que ela emana, carrega em si uma parte de nossa centelha divina.

Ao caminhar pelo caminho de Tzaddi, estamos sendo guiados por um feeling mais elevado. Estamos seguindo o famoso caminho do coração, porque essa intuição que nos faz segui-la vem de um Plano Superior, vem de nossa essência mais elevada espiritualmente.

Abra espaço para o novo! A limpeza de primavera

Texto revisado e reeditado em 10/01/2023

 

Texto de Zayin



A limpeza de primavera é uma famosa tradição em diversos países do mundo. Não se tem uma origem exata de quando ou onde surgiu, mas está presente em diversas culturas. Para os judeus, por exemplo, próximo ao período do Pessach, eles procuram fazer essa limpeza se livrando de todos chamêts, produtos fermentados que são proibidos durante esse período para seu povo.

Uma possível origem também que é dita viria do ano novo persa, o Irinian Nowruz, chamada de celebração Noruz. Ela ocorre há pelo menos 3000 anos estando ligada às raízes dos ritos e tradições do zoroastrismo, e é observada em diversos povos. É celebrada em todo o Irã e em países do Oriente Médio, e também em toda a Ásia Central. No primeiro dia de primavera é realizado o khooneh tekouni ou Khanetekani, expressão que significa “chacoalhar a casa”, no qual as casas são limpas e arrumadas durante os últimos dias de inverno para a chegada do novo ano e para dar boas-vindas à primavera.


Altar dedicado à celebração de Noruz


No hemisfério norte, a chegada da primavera ocorre durante o mês de março. Se observarmos essa chegada dentro do contexto de um povo, uma sociedade ou tribo que viveram há muitos anos, ela simbolizava o fim de um rigoroso inverno no qual as suas casas ficavam fechadas durante toda essa estação. Era um período que não havia plantio e nem colheita, e com o frio intenso do inverno, só bastava a esses povos ficarem no calor do interior de suas casas.

A Roda do Ano e os Sabbats



A vida é feita de ciclos. Com a Terra, Gaia, a Mãe Natureza, também não seria diferente. O semear, nascer, florescer, morrer, renascer, são ciclos inerentes na vida de todos e da Mãe Natureza em que vivemos. A Roda do Ano é a representação desses ciclos na natureza, mas que também conversam com nossas vidas, pois esses ciclos estão ligados ao mundo que nos cerca e ao nosso interior. E eles são divididos na Roda do Ano em 8 e são chamados de Sabbats.  

Os Sabbats são festividades pagãs antiquíssimas que carregam uma enorme energia em si, pois são lembrados e reforçados a cada ano que passa, além de coincidirem com excelentes pontos astrológicos. São comemorados por muitos bruxos e bruxas, mas não é exclusivo da religião Wicca. Desde tempos remotos o povo do campo realizava essas celebrações e cultuavam essas passagens da natureza com festividades, oferendas, cerimônias e muita devoção.

Em diversas culturas os Sabbats são representados por mitos e celebrações. Como exemplos disso temos diversos sincretismos religiosos com as festividades pagãs, que se mesclaram e estão presentes em algumas que temos hoje em dia. O natal, a páscoa, a fogueira de São João e algumas outras festividades presentes em outras culturas são exemplos desse sincretismo.

 

           

                             

Os 8 Sabbats são divididos em dois grupos: 4 Sabbats menores, realizados nos equinócios e solstícios; e 4 Sabbats maiores, realizados no meio de um equinócio/solstício e outro. Como eles seguem os ciclos da natureza, as datas que são comemorados diferem do hemisfério sul para o hemisfério norte. Então aqui no hemisfério sul enquanto temos o solstício de verão, lá no hemisfério norte temos o solstício de inverno.

 

As datas dos Sabbats 

As datas para realizar os Sabbats tecnicamente não são fixas, elas podem sim ser comemoradas na data que é estipulada normalmente, mas também podem ser celebrados alguns dias depois, e até mesmo seguindo o calendário astrológico quando o sol adentrar em um determinado signo.

O Blog

Este blog aborda temas sobre diversas áreas do Hermetismo, e mostra como encontramos nele uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal, de reencontro com nosso Eu Interior, com a natureza, e com a espiritualidade. Levando-nos assim rumo à Tiferet.

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