O Carro - Rumo Ao Sucesso - Tarot

 


Texto de Zayin


 

“Sei qual caminho tomar,

Sei qual objetivo quero alcançar,

E agora parto

Rumo ao meu destino

Para a vitória assim conquistar.”

 

Por vezes passamos por momentos na vida em que parece que nada anda, tudo dá errado, tudo nos atrasa, e até por nossos próprios erros nos vemos presos, estagnados numa situação que não sabemos quando sairemos dela. Mas por vezes há momentos na vida que tudo flui, tudo começa a dar certo, as coisas vão caminhando para algo melhor, evoluem, crescem, deixando assim a inércia da vida para trás.

Quando há uma decisão de sua parte, uma decisão certa, uma vontade direcionada, focada em seu verdadeiro objetivo, a vida começa a fluir. Quando se está pronto para mostrar que é capaz de assumir as responsabilidades que ela lhe dá, as coisas tomam rumo. Se você é capaz de conduzir sua vida, mostrar que tem a capacidade para isso, então suas escolhas não serão um erro que irão lhe atrasar, mas elas irão abrir os caminhos para que você cresça e conquiste seus objetivos.

O Arcano de número VII é chamado de O Carro, ele te mostra, principalmente, que as coisas estão tomando um rumo, que sob o poder de sua Vontade você conduz sua vida com sucesso. Enquanto no Arcano Os Enamorados há a dúvida do que escolher, aqui essa decisão já foi tomada, é uma decisão certa, e agora você caminha em direção a ela.

A figura do guerreiro neste arcano é a representação de você, que caminha em direção a algo. Ele é o herói solar, abençoado pelo céu, que possui a benção divina para conquistar seus objetivos. Ele está em uma carruagem sob um dossel estrelado sustentado por quatro pilares, mostrando que o divino presente no céu caminha consigo, e que os quatro elementos (espiritual, emocional, mental e material) sustentam a sua vida e lhe dão proteção, pois sem eles não haveria equilíbrio para sustentar nada nela.

Os Enamorados - O Amor e As Difíceis Decisões da Vida - Tarot

 

Texto de Zayin

 

“Quando em dúvida estiver

De qual caminho tomar

Tente seu coração escutar,

Pois o amor dele te guiará.

E se no meio da encruzilhada se encontrar

Poderá então assim ver

Que se sabe qual caminho que deve escolher.

E assim verá que dúvida não há,

Pois o verdadeiro chamado do coração

A um caminho só te levará” 

 

 

Diversos foram os caminhos que tomamos para chegarmos onde estamos hoje. Diversas foram as escolhas que nos fizeram felizes ou tristes, que nos abriram ou fecharam portas, que nos libertaram ou nos aprisionaram. Nem sempre estamos preparados para as escolhas que a vida nos obriga a fazer, mas por bem ou por mal aprendemos com elas, e assim adquirimos conhecimento pela escolha de um determinado caminho e também a sabedoria do que essa experiência trouxe.

Nem sempre o caminho mais fácil é o certo, e nem sempre o caminho certo é o mais fácil. A verdadeira certeza das escolhas que fazemos é quando podemos notar que estamos unidos de corpo e alma, de mente e espírito, e do Eu com o divino em cada um de nós.

O Arcano de número VI é Os Enamorados, chamado também de Os Amantes em alguns tarots. Esse é um arcano que está representando escolhas, e com elas as difíceis decisões da vida, que de difícil realmente não são quando se está unido com sua essência para decidir. Mas aqui também é abordado o amor, não só por uma pessoa, mas por tudo o que seu coração é capaz de sentir, seja alguém, seja algo, seja um trabalho pelo qual é apaixonado. Muitas decisões que tomamos não são pautadas no real amor, e com isso podemos escolher algo que lá na frente nos deixará infelizes. E o amor aqui é a união, é o laço que nos une a algo tão amado.  

O tarot de Waite faz alusão a Adão e Eva no paraíso. Os dois são feitos um para o outro, assim como certas coisas na vida são feitas para nós, e sob a benção divina eles vivem. Estão despidos, pois não existe a vergonha para eles, não há vergonha em ser quem eles são, no paraíso em que vivem eles podem ser eles mesmos, portanto, lembre-se sempre de não ter vergonha de escolher o caminho em que você pode ser quem realmente é.

Este arcano pode estar indicando que você busca o seu paraíso, mas está em um impasse, está em um momento de escolhas que seguem diferentes caminhos, e talvez acredite que eles possam ser o seu paraíso e por isso é tão difícil a escolha. Você pode também sentir medo de errar ao escolher, e isso lhe trava a decidir o caminho, mas lembre-se que se a indecisão prevalecer, a vida que pode tomar essa decisão por você.

O Solstício de Inverno e o Sabbat de Yule

 


No solstício de inverno, que no hemisfério sul acontece por volta de 21 de junho e no hemisfério norte 21 de dezembro, ocorre a festividade de Yule. Ele marca a ocorrência de um evento de extrema importância para muitas culturas, sendo este evento possuidor de uma carga simbólica muito forte. Tão forte a ponto de se refletir até hoje em nossa e diversas outras culturas do mundo moderno. Estou falando sobre o retorno do sol, ou utilizando a mitologia abordada aqui no blog sobre a Roda do Ano, o retorno/renascimento do deus Sol. Primeiramente, para entender o simbolismo do Sabbat de Yule é preciso entender como funciona um solstício.

Os solstícios são os pontos máximos de distância que o sol tem em relação à Terra. Enquanto que no solstício de verão, que se comemora o Sabbat Litha, temos o Sol no seu auge, ou seja, no ponto mais próximo da Terra, no solstício de inverno temos o sol no seu ponto mais distante dela. Nesse dia ocorre a noite mais longa do ano, e logo após ele, o sol retorna aos poucos e vai ganhando forças até atingir novamente seu ápice, dando assim continuidade ao movimento cíclico da Natureza.

Esse retorno do sol é simbolicamente representado em diversas culturas pelo nascimento da criança da promessa ou o nascimento da esperança, e a partir desse simbolismo se é criado mitos, ritos e festividades em torno deste evento de solstício de inverno. E nele, como já dito, celebra-se Yule.

Em tradições wiccas, honra-se o deus chifrudo nessa época, pois ele domina a parte escura da Roda do Ano, da qual Yule faz parte. E em muitas outras culturas era prestado o culto ao sol, pois o solstício de inverno marcava o nascimento dele.

Na atualidade existem diversas maneiras de celebrar o Sabbat de Yule, pois com o decorrer do tempo criou-se um sincretismo de diversas culturas do simbolismo da chegada do inverno, e com isso ele possui muitos elementos de diversos povos, e um exemplo claro disso é o natal, que incorporou muito das festividades de Yule, o que veremos mais à frente. Mas primeiro vamos ver um pouco dos mitos mais famosos no mundo em torno desse evento, que são relevantes para entender mais sobre esse Sabbat.

 

Deus e o Diabo estão na sua cabeça


Texto de Adriano Camargo Monteiro


“Meu sistema nervoso é meu único deus”.

Isso pode ser uma metáfora, ou pode ser literal…

Experiências não dependem de crenças, mas as crenças muitas vezes surgem das experiências. As experiências são interpretadas conforme a crença de cada um, conforme o “filtro” psicossocial-religioso de cada indivíduo, e podem ser tão reais como sentir o sabor de uma comida. O indivíduo sente e experimenta, e isso é real para ele; a experiência em si, puramente, nada tem a ver com religião; a religião é o “mau” filtro que a interpreta.

Experiências são experiências, e são sentidas e vivenciadas, trazendo sensações físicas, mentais e emocionais que podem ser intensas ou fracas. É preciso entender que dogmas científicos nada têm a ver com a experiência individual em si, assim como a religião também não; é a religião do indivíduo que reveste experiências ocorridas em nível mental/espiritual com interpretações religiosas (muitas vezes pessoais e tendenciosas). Isso não acontece com indivíduos sem vínculos religiosos e dogmáticos.

“Meu sistema nervoso é o único diabo”. O sistema nervoso pode trazer prazer ou dor como experiências e verdades individuais. Podem estar no sistema cérebro-espinhal a origem do céu e do inferno, dependendo da experiência e dos estados alterados em variados graus por variados meios, tais como ingestão de substâncias psicoativas, disciplina físico-mental, meditações, rituais, exercícios físicos extremos, privações (e “provações”) extremas, etc. O inferno não existe (ou existe, se as pessoas quiserem acreditar numa ilusão forjada). “Inferno” quer dizer “o que está embaixo”, “inferior”. E, de fato, aquilo que é inferior depende muito do referencial e do ponto de vista de cada um, com suas devidas justificativas, idiossincrasias e discernimento. O “inferno” de uma pessoa pode ser considerado um paraíso para outra. Mas, muitas vezes, quase tudo é o inferno e o Diabo para o “religioso” fundamentalista.

Aprender com o diferente

 

Texto de Zayin

 

Existe uma enorme dificuldade inerente ao ser humano em aceitar o que é diferente. Mas já parou pra pensar que o diferente já começa na pessoa que somos? Em nossa essência?



Cada ser humano que vive ou já existiu na face da Terra é um ser único, um universo inteiro em expansão, com todas as suas complexidades, desafios e maneira de compreender a vida, tornamo-nos seres diferentes um do outro, embora compartilhemos muitas vezes da mesma visão das coisas, e isso se torna um fator que acaba nos unindo. Mas o ponto que quero chegar é: o que nos difere um do outro é realmente capaz de nos distanciar? Será que mesmo nas diferenças não existe algo que possa nos unir?

De virtudes e defeitos somos feitos, por isso ninguém é 100% perfeito. Mas são as virtudes que enobrecem a alma, dignificam o ser, constroem pontes que nos permitem alcançar nossos objetivos, e também, o outro. Enquanto que os defeitos criam barreiras, correntes que nos deixam presos à intolerância, ao preconceito, ao ódio, à presunção. São eles a força que repele a nossa capacidade de aceitar que o diferente existe fora da gente, e a nós não compete querer que tudo seja feito a nosso bel prazer, que toda a existência seja agradável e aceitável ao nosso modo.

O diferente faz parte da Existência, então por que se fechar em nosso próprio, conhecido e muitas vezes ignorante mundinho, quando podemos conhecer mais do que a Existência pôde criar no universo que compartilhamos?

Muitas coisas não nos agradam, mas nem por isso elas têm que deixar de existir, caso contrário é puro egocentrismo, achar que tudo gira ao seu redor, o orgulho nosso de cada dia, fonte de tantos problemas...

O Sabbat de Samhain

Texto revisado em 14/01/2023


O Sabbat de Samhain (pronuncia-se Sou En), é uma festividade pagã que tem origem com o povo celta e de seu antigo festival dos mortos. Para eles, Samhain marcava o início do ano novo e também o fim do verão, mas para compreender isso é preciso saber que para esse povo a noção de estações do ano como temos hoje não existia, o que eles compreendiam é que na natureza só existia o verão e inverno, portanto era na época desse Sabbat que ficava mais evidente o fim do verão, pois as noites eram mais longas em contraste com o dia, que ficava mais curto, os ventos frios se faziam mais presentes e quase não se via mais os verdes dos campos, mas sim o amarronzado das folhas por cair na terra.  



Samhain é comemorado tradicionalmente no hemisfério sul no dia 1º de maio e no hemisfério norte no dia 31 de outubro, lembrando, é claro, que não é fixo a data de comemoração dos Sabbats, eles podem ocorrer e serem comemorados próximo a essas datas segundo diferentes tradições. A data de 31 de outubro é bem famosa, pois é nesse dia que se comemora o Halloween, que tem origem a partir da festividade de Samhain, mas para chegar nesse ponto ainda há muita história. Continue lendo que chegaremos lá.   

O Hierofante - O Grande Mestre e Professor - Tarot

 

Texto revisado e reeditado em 12/01/2023

 

Texto de Zayin

 

“Ouçam-me aqueles que a verdade busca,

Escutem com atenção,

A vocês irei ensinar uma lição:

Se quiserem conhecimento em suas vidas

Não fiquem presos às verdades pré-estabelecidas,

Pois se nelas quiser para todo sempre crer

Será limitante a visão de mundo que irá ter.

Permita-se obter conhecimento,

Não seja para sempre um ignorante,

Escute aqui as palavras do Hierofante.”






Sempre tivemos figuras de alguém na vida que nos ensinaram lições valiosas, foram fonte de nossos conhecimentos que possuímos hoje. Verdadeiros professores que com a sabedoria adquirida na vida deles possuíam autoridade para falar com propriedade o que ensinavam. Graças a esses mestres os nossos horizontes puderam se expandir, nossa visão de mundo mudou e não ficamos limitados ao mundinho que nos cercava. Com o passar tempo, nós também nos tornamos mestres em algo, e assim passamos adiante os conhecimentos adquiridos em vida para os próximos.

O arcano de número V, O Hierofante, também chamado de O Papa em alguns tarots, é a representação daquele alguém que possui autoridade naquilo que ensina, e essa é a ideia principal por trás dele, alguém que está ali para ensinar algo, e essa figura pode ser tanto uma pessoa que irá te ensinar ou até mesmo você, que possuindo um certo tipo de conhecimento poderá passar adiante. Portanto, o Hierofante é a figura de um professor, de um mestre, de um Iniciado, até mesmo de uma figura ligada ao espiritual.

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Este blog aborda temas sobre diversas áreas do Hermetismo, e mostra como encontramos nele uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal, de reencontro com nosso Eu Interior, com a natureza, e com a espiritualidade. Levando-nos assim rumo à Tiferet.

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